Olá, tudo bem ?
O música faz história de hoje vai abordar a história dos castrati, ou no singular castrato, que eram cantores do gênero masculino porém que correspondiam a sua tessitura vocal a uma voz feminina, indo de soprano a contralto, essa técnica era empregada em garotos antes de entrarem em suas puberdades, os castrando e impossibilitando assim os seus desenvolvimento e maturidade sexual, não acontecendo a mudança de voz conforme eles fossem ficando mais velhos, conservando apenas uma voz aguda por falta do desenvolvimento da laringe.
Essa forma de canto nasceu por meados do século 400 d.C., no início do Império Bizantino, sendo desenvolvido até o século IX, onde houve o saque de Constantinopla, cujo por um tempo essa técnica ficou um pouco esquecida.
Porém na Itália do século XVI houve o seu reaparecimento pela necessidade de pessoas que atingissem as notas agudas nos corais das igrejas, mas você deve estar pensando, porque ao invés de castrar jovens garotos não utilizavam mulheres para cantar, pois bem, nessa época as mulheres eram proibidas de se manisfestarem de qualquer forma, principalmente na igreja onde deveriam permanecer caladas. Essas crianças eram muitas vezes órfãs, que os conservatórios ligado a igreja os adotavam e castravam para ensinarem essa arte do canto.
No universo da ópera foi muito famoso nos séculos XVII e XVIII, designando assim papéis de heróis das óperas barrocas aos castrati, onde tinham uma parte muito complexa para executar, sendo que poucos tinham a voz desenvolvida tecnicamente o bastante para exercer esse papel.
Com o desenvolvimento dos movimentos naturalistas da metade do século XVIII, onde eram por vezes contra o romantismo, mitos, voltados assim mais para razão, caiu em desuso o uso dos castrati, que por fim em 1870 a prática foi proibida, perpetuando poucos sobreviventes dessa época, o último castrati é da década de 20 do século passado, Alessandro Moreschi.
Alessandro Moreschi, sings Ave Maria : http://www.youtube.com/watch?v=KLjvfqnD0ws
*Foto de Alessandro Moreschi, o último castrato.
Djalma de Campos, 19/12/2013.
quinta-feira, 19 de dezembro de 2013
terça-feira, 17 de dezembro de 2013
Happy Birthday, Beethoven.
Olá, tudo bem ?
O música faz história de hoje vai homenagear o aniversariante desse dia 17 de Dezembro, ele que foi um divisor da música, com um impacto enorme no pensamento de construção musical, e dono de uma personalidade forte e marcante, esses fatores aliados possibilitaram a música tomar novos rumos depois de seu nascimento.
Decidi falar um pouco de uma obra para violino que eu gosto muito, é a sonata para violino nº9, mais conhecida como sonata Kreutzer, sendo gravada por inúmeros dos melhores violinistas do mundo, ela exige um bom nível técnico para quem está pensando em tocá-la. Portanto vou falar um pouco mais sobre sua história.
Sonata Kreutzer :
Essa sonata para violino é a de número 9, composta em 1803, sendo que a obra era para um violinista mulato muito jovem cujo o virtuosismo era comparado ao de Mozart, seu nome era George Augustus Polgreen Bridgetower, que acabara de vir de Londres em uma turnê pela Europa, mais precisamente em Viena para tentar arrecadar um pouco de dinheiro. O jovem mulato foi apresentado ao Beethoven pelos aristocratas da corte de Viena, e logo o compositor se entusiasmou para compor algo que pudessem tocar juntos, ele no piano e Brigetower no violino.
Marcaram para uma apresentação em público, sendo que Beethoven entregou a partitura apenas algumas horas antes da apresentação para o violinista, ainda que por incrível que pareça, a apresentação foi de uma qualidade excepcional. Existem documentos que dizem que no primeiro movimento, após uma passagem muito difícil da música, Bridgetower recriou uma parte da obra, tendo a aprovação eufórica do compositor, que se levantou do piano, para saudá-lo, se sentando rapidamente voltando a tocar. Esses fatos levaram a Beethoven a dedicar a sonata para Brigetower, a chamando de Sonata Mullatica.
Porém tudo estava ótimo, até em uma conversa no bar onde estava o violinista e Beethoven, aonde Bridgetower fez um comentário ofensivo de uma amiga do compositor, o deixando muito irritado, logo em seguida pediu de volta a partitura que havia dedicado ao mulato, e mudou sua dedicatória para Rodolphe Kreutzer, sendo na época o maior violinista do mundo, Kreutzer no entanto nunca a apresentou em público, dizendo que é uma das sonatas mais célebres da história e de uma difícil execução.
Brigetower morreu esquecido em 1860 no asilo de Londres.
O música faz história de hoje vai homenagear o aniversariante desse dia 17 de Dezembro, ele que foi um divisor da música, com um impacto enorme no pensamento de construção musical, e dono de uma personalidade forte e marcante, esses fatores aliados possibilitaram a música tomar novos rumos depois de seu nascimento.
Decidi falar um pouco de uma obra para violino que eu gosto muito, é a sonata para violino nº9, mais conhecida como sonata Kreutzer, sendo gravada por inúmeros dos melhores violinistas do mundo, ela exige um bom nível técnico para quem está pensando em tocá-la. Portanto vou falar um pouco mais sobre sua história.
Sonata Kreutzer :
Essa sonata para violino é a de número 9, composta em 1803, sendo que a obra era para um violinista mulato muito jovem cujo o virtuosismo era comparado ao de Mozart, seu nome era George Augustus Polgreen Bridgetower, que acabara de vir de Londres em uma turnê pela Europa, mais precisamente em Viena para tentar arrecadar um pouco de dinheiro. O jovem mulato foi apresentado ao Beethoven pelos aristocratas da corte de Viena, e logo o compositor se entusiasmou para compor algo que pudessem tocar juntos, ele no piano e Brigetower no violino.
Marcaram para uma apresentação em público, sendo que Beethoven entregou a partitura apenas algumas horas antes da apresentação para o violinista, ainda que por incrível que pareça, a apresentação foi de uma qualidade excepcional. Existem documentos que dizem que no primeiro movimento, após uma passagem muito difícil da música, Bridgetower recriou uma parte da obra, tendo a aprovação eufórica do compositor, que se levantou do piano, para saudá-lo, se sentando rapidamente voltando a tocar. Esses fatos levaram a Beethoven a dedicar a sonata para Brigetower, a chamando de Sonata Mullatica.
Porém tudo estava ótimo, até em uma conversa no bar onde estava o violinista e Beethoven, aonde Bridgetower fez um comentário ofensivo de uma amiga do compositor, o deixando muito irritado, logo em seguida pediu de volta a partitura que havia dedicado ao mulato, e mudou sua dedicatória para Rodolphe Kreutzer, sendo na época o maior violinista do mundo, Kreutzer no entanto nunca a apresentou em público, dizendo que é uma das sonatas mais célebres da história e de uma difícil execução.
Brigetower morreu esquecido em 1860 no asilo de Londres.
Oistrakh/Oborin
- Violin Sonata No.9,'Kreutzer' : http://www.youtube.com/watch?v=8uPGz7NU-mk
Djalma de Campos 17/12/2013.
Djalma de Campos 17/12/2013.
domingo, 15 de dezembro de 2013
10 curiosidades sobre Heitor Villa-Lobos.
Olá, tudo bem ?
O música faz história de hoje vai contar algumas curiosidades um tanto quanto inusitadas sobre Villa-Lobos, ele que foi um grande músico, conquistando espaço nesse meio com suas composições modernas e inovadoras, levando consigo muitos sonhos e objetivos que lutou muito para alcançar.
Nasceu em 5 de março de 1887 no Rio de Janeiro, foi maestro e compositor brasileiro, deu ao Brasil uma linguagem musical única em suas composições, resgatando músicas do caráter popular e indígenas as colocando junto dos instrumentos de orquestra.
10 curiosidades sobre Villa-Lobos :
1º Em tentativa de homenagear Villa, usaram a data de seu aniversário ( 5 de março ) para comemorar o dia da música clássica.
2º Aos 6 anos de idade começou estudar violoncelo em uma viola adaptada por seu pai.
3º Sua primeira composição foi aos 13 anos de idade, e intitulou a obra com o nome de '' Panqueca '' porém a partitura se perdeu.
4º Seu time de coração era o Vasco da Gama.
5º Foi proibido pela mãe de continuar estudando música, pois ela queria que ele entrasse em um curso de medicina para ter uma boa carreira profissional.
6º Estudou violão escondido porque os seus pais não aprovavam os seus encontros e participações em rodas de choro.
7º Em 1915 realizou pela primeira vez um concerto com músicas próprias. Porém estrou apenas em 1922 como músico modernista na Semana de Arte moderna daquele mesmo ano realizada em São Paulo, sendo vaiado pela platéia por sua música moderna, e pela sua vestimenta que em um dos concertos apareceu na apresentação de casaca e chinelos pois estava com gota.
8º Uma doença venérea o deixou estéreo sem poder ter filhos, talvez seja por isso que dedicou muitas de suas músicas ao universo infantil.
9º Gostava de brincadeiras e uma delas era empinar pipas.
10º Era um mitônomo assumido, ou seja , gostava de contar boas mentiras, e uma das histórias mais conhecidas é de quando quase foi devorado por índios canibais.
Assista o documentário e fique por dentro dessa personalidade brasileiras tão importante para nossa música, cujo infelizmente é mais valorizada fora do país do que por nós mesmos, não basta virar nome de praça pública, tem que valorizar e entender sua importância.
Villa-Lobos - Documentário "O índio de casaca" (completo - 1987) - http://www.youtube.com/watch?v=Bz-laUf22Ts
Djalma de Campos 15/12/2013.
O música faz história de hoje vai contar algumas curiosidades um tanto quanto inusitadas sobre Villa-Lobos, ele que foi um grande músico, conquistando espaço nesse meio com suas composições modernas e inovadoras, levando consigo muitos sonhos e objetivos que lutou muito para alcançar.
Nasceu em 5 de março de 1887 no Rio de Janeiro, foi maestro e compositor brasileiro, deu ao Brasil uma linguagem musical única em suas composições, resgatando músicas do caráter popular e indígenas as colocando junto dos instrumentos de orquestra.
10 curiosidades sobre Villa-Lobos :
1º Em tentativa de homenagear Villa, usaram a data de seu aniversário ( 5 de março ) para comemorar o dia da música clássica.
2º Aos 6 anos de idade começou estudar violoncelo em uma viola adaptada por seu pai.
3º Sua primeira composição foi aos 13 anos de idade, e intitulou a obra com o nome de '' Panqueca '' porém a partitura se perdeu.
4º Seu time de coração era o Vasco da Gama.
5º Foi proibido pela mãe de continuar estudando música, pois ela queria que ele entrasse em um curso de medicina para ter uma boa carreira profissional.
6º Estudou violão escondido porque os seus pais não aprovavam os seus encontros e participações em rodas de choro.
7º Em 1915 realizou pela primeira vez um concerto com músicas próprias. Porém estrou apenas em 1922 como músico modernista na Semana de Arte moderna daquele mesmo ano realizada em São Paulo, sendo vaiado pela platéia por sua música moderna, e pela sua vestimenta que em um dos concertos apareceu na apresentação de casaca e chinelos pois estava com gota.
8º Uma doença venérea o deixou estéreo sem poder ter filhos, talvez seja por isso que dedicou muitas de suas músicas ao universo infantil.
9º Gostava de brincadeiras e uma delas era empinar pipas.
10º Era um mitônomo assumido, ou seja , gostava de contar boas mentiras, e uma das histórias mais conhecidas é de quando quase foi devorado por índios canibais.
Assista o documentário e fique por dentro dessa personalidade brasileiras tão importante para nossa música, cujo infelizmente é mais valorizada fora do país do que por nós mesmos, não basta virar nome de praça pública, tem que valorizar e entender sua importância.
Villa-Lobos - Documentário "O índio de casaca" (completo - 1987) - http://www.youtube.com/watch?v=Bz-laUf22Ts
Djalma de Campos 15/12/2013.
sábado, 14 de dezembro de 2013
Gustav Holst e seus planetas.
Olá, tudo bem ?
O música faz história de hoje vai falar de uma composição escrita com caráter astrológico e místico, graças as diversas fontes literárias aliadas do amor pela música, Holst conseguiu compor algo fora dos padrões convencionais, fazendo assim uma série suites dos perfis de cada planeta do nosso sistema solar, com uma junção a espiritualidade.
A obra The Planets do compositor inglês Gustav Holst foi composta entre 1914 a 1916, tendo em cada movimento o nome de um planeta em formato de seu correspondente astrológico, porém a obra só contempla 7 planetas, pois ele excluiu a terra e nessa época Plutão nem havia sido descoberto, foi descoberto apenas em 1930, 4 anos antes da morte de Holst . A alusão astrológica tenta transmitir idéias e emoções de cada planeta sobre o seu psicológico, essa ideia que foi apresentada para Holst durante uma conversa com seu amigo sobre astrologia em 1913, sendo que a partir dai começou a pesquisar e se interessar cada vez mais sobre o assunto.
A obra tem caráter muito expressivo e contrastante mostrando influências do austríaco Schoenberg e dos russos Korsakov, Glazunov e Stravinsky, esse novo tipo de sonoridade que ajudou a tornar sucesso imediato perante ao publico da época. Essa foi a obra de maior sucesso do compositor superando toda suas outras criações, porém recebe críticas de seu próprio criador, dizendo que não foi uma de suas melhores ideias.
Ele que acreditava em forças astrais, sendo muito influenciado por pensamentos orientais principalmente com as ideias de reencarnação, isso aliado ao seu perfeccionismo, ajudou e muito para compor uma obra tão longa e cheia de detalhes,que possibilitou em 29 de setembro de 1918 a estréia da peça para 250 pessoas convidadas dentro do próprio Salão da Rainha da Inglaterra, foram 4 apresentações para público fechado, sendo sua primeira apresentação em aberto para população em 1920.
Os Planetas :
I. Marte, O portador da guerra.
O clima criado tem caráter marcial , tendo fortes representações bélicas e de muita energia, aspectos da música que caracterizam Marte, como coragem e instintos de luta, porém se isso não for controlado tem seu lado prejudicial como a violência e a morte, subprodutos da ira. Composto antes da Segunda Guerra Mundial, dizem ser premonições de Holst sobre o que viria a acontecer.
É utilizado pela mídia em filmes de guerra, pelo caráter que a música trás as cenas.
II. Vênus, O portador da paz.
Contrastante com o primeiro movimento por causa de seu andamento mais calmo e devagar, mostrando sensação de paz fazendo alusão a alma humana.
III. Mercúrio, O mensageiro alado.
Tem caráter alegre, com longos motivos melódicos transmitindo a ideia de uma mensagem vindo de outro mundo. Esse representa a inteligência do ser humano.
IV. Júpiter, O portador da jovialidade.
As trompas anunciam melodias maravilhosas que dão a oportunidade para toda orquestra começar a se comunicar entre os naipes criando um clima contagiante e convidativo, esse movimento representa a filosofia, representando os pensamentos que não estão no alcance do homem.
V. Saturno, O portador da velhice.
É constituído por um clima obscuro, deixando mais para os sopros o papel das melodias onde as cordas fazem apenas um acompanhamento. Esse representa o sofrimento, ditos por muito que é uma das maiores coisas que assolava Holst, por ter largado o piano e violino por problemas de saúde.
VI. Urano, O mágico.
Esse rico em detalhes tanto rítmicos como melódicos, vindo de todos os lados tenta surpreender o público com as melodias que vão aparecendo conforme a música é tocada, com alguns trechos de caráter repentinos e inesperados. O mágico, representa a independência de espírito.
VII. Netuno, O místico.
Faz valer o nome de místico com a música tocada em uma dinâmica bem leve, trás o papel de Netuno nessa viagem astrológica, fazendo representação dos sonhos, do misticismo e das meditações.
E o planeta Plutão ?
Em 2000 a Orquestra Hallé encomendou do inglês Colin Matthews (um especialista em Holst) para escrever o novo planeta que ele chamou de ''Plutão, o renovador ''.
Foi dedicado a Imogen Holst, filha de Gustav e teve sua estréia em Manchester em 11 de maio de 2000.
O música faz história de hoje vai falar de uma composição escrita com caráter astrológico e místico, graças as diversas fontes literárias aliadas do amor pela música, Holst conseguiu compor algo fora dos padrões convencionais, fazendo assim uma série suites dos perfis de cada planeta do nosso sistema solar, com uma junção a espiritualidade.
A obra The Planets do compositor inglês Gustav Holst foi composta entre 1914 a 1916, tendo em cada movimento o nome de um planeta em formato de seu correspondente astrológico, porém a obra só contempla 7 planetas, pois ele excluiu a terra e nessa época Plutão nem havia sido descoberto, foi descoberto apenas em 1930, 4 anos antes da morte de Holst . A alusão astrológica tenta transmitir idéias e emoções de cada planeta sobre o seu psicológico, essa ideia que foi apresentada para Holst durante uma conversa com seu amigo sobre astrologia em 1913, sendo que a partir dai começou a pesquisar e se interessar cada vez mais sobre o assunto.
A obra tem caráter muito expressivo e contrastante mostrando influências do austríaco Schoenberg e dos russos Korsakov, Glazunov e Stravinsky, esse novo tipo de sonoridade que ajudou a tornar sucesso imediato perante ao publico da época. Essa foi a obra de maior sucesso do compositor superando toda suas outras criações, porém recebe críticas de seu próprio criador, dizendo que não foi uma de suas melhores ideias.
Ele que acreditava em forças astrais, sendo muito influenciado por pensamentos orientais principalmente com as ideias de reencarnação, isso aliado ao seu perfeccionismo, ajudou e muito para compor uma obra tão longa e cheia de detalhes,que possibilitou em 29 de setembro de 1918 a estréia da peça para 250 pessoas convidadas dentro do próprio Salão da Rainha da Inglaterra, foram 4 apresentações para público fechado, sendo sua primeira apresentação em aberto para população em 1920.
Gustav
Holst - The Planets, Op. 32: http://www.youtube.com/watch?v=AHVsszW7Nds
I. Marte, O portador da guerra.
O clima criado tem caráter marcial , tendo fortes representações bélicas e de muita energia, aspectos da música que caracterizam Marte, como coragem e instintos de luta, porém se isso não for controlado tem seu lado prejudicial como a violência e a morte, subprodutos da ira. Composto antes da Segunda Guerra Mundial, dizem ser premonições de Holst sobre o que viria a acontecer.
É utilizado pela mídia em filmes de guerra, pelo caráter que a música trás as cenas.
II. Vênus, O portador da paz.
Contrastante com o primeiro movimento por causa de seu andamento mais calmo e devagar, mostrando sensação de paz fazendo alusão a alma humana.
III. Mercúrio, O mensageiro alado.
Tem caráter alegre, com longos motivos melódicos transmitindo a ideia de uma mensagem vindo de outro mundo. Esse representa a inteligência do ser humano.
IV. Júpiter, O portador da jovialidade.
As trompas anunciam melodias maravilhosas que dão a oportunidade para toda orquestra começar a se comunicar entre os naipes criando um clima contagiante e convidativo, esse movimento representa a filosofia, representando os pensamentos que não estão no alcance do homem.
V. Saturno, O portador da velhice.
É constituído por um clima obscuro, deixando mais para os sopros o papel das melodias onde as cordas fazem apenas um acompanhamento. Esse representa o sofrimento, ditos por muito que é uma das maiores coisas que assolava Holst, por ter largado o piano e violino por problemas de saúde.
VI. Urano, O mágico.
Esse rico em detalhes tanto rítmicos como melódicos, vindo de todos os lados tenta surpreender o público com as melodias que vão aparecendo conforme a música é tocada, com alguns trechos de caráter repentinos e inesperados. O mágico, representa a independência de espírito.
VII. Netuno, O místico.
Faz valer o nome de místico com a música tocada em uma dinâmica bem leve, trás o papel de Netuno nessa viagem astrológica, fazendo representação dos sonhos, do misticismo e das meditações.
E o planeta Plutão ?
Em 2000 a Orquestra Hallé encomendou do inglês Colin Matthews (um especialista em Holst) para escrever o novo planeta que ele chamou de ''Plutão, o renovador ''.
Foi dedicado a Imogen Holst, filha de Gustav e teve sua estréia em Manchester em 11 de maio de 2000.
Pluto, The
renewer : http://www.youtube.com/watch?v=N_v8G0fo4Ws
Djalma de Campos, 14/12/2013.
sexta-feira, 13 de dezembro de 2013
Música nos campos de concentração, Auschwitz.
Olá, tudo bem ?
O música faz história de hoje vai falar da Segunda Guerra Mundial, mais precisamente do campo de concentração de Auschwitz localizado na Polônia, e vamos mostrar que até nesse meio com tanto sofrimento e dor, existia música e até mesmo por mais louco que pareça, uma orquestra.
Auschwitz - Birkenau foi uma extensa rede de campos de concentração no sul da Polônia, operados pelo Terceiro Reich nas áreas polonesas que estavam em domínio da Alemanha nazista, sendo essas imensas prisões os maiores símbolos dessa época. Essas construções foram para abrigar a imensa quantidade de judeus que eram presos, sendo que nas prisões das cidades não haviam mais espaço para tantas pessoas, porém o destaque é que esse foi o maior de todos os campos, porém os números de vítimas desse campo não é exato, mas giram entre 1,5 milhões e 2 milhões de mortos, sendo 90 % judeus.
A surpresa é que havia uma orquestra de prisioneiras, e não era uma simples orquestra, recebiam destaque e privilégios quando comparado aos demais que ali estavam, sendo o maior dos privilégios não serem mortas nas câmaras de gás e terem comida e um banho banho quente todos os dias.
A polonesa Sofia Czajkowska que por ventura tinha um bom conhecimento de música, recebeu ordens dos líderes da SS para que montasse uma orquestra e a regesse. Nisso passou a recrutar toda mulher que soubesse tocar algum instrumento ou que entendesse de teoria musical o suficiente para que fizesse cópias de partituras para os integrantes da orquestra ( copistas ).
Czajkowska foi substituída depois de um tempo por Alma Rosé (sobrinha do compositor Gustav Mahler) que tinha sido presa em sua cidade natal Viena, sendo que por sua tradição musical e já tendo sido regente de orquestra anteriormente possibilitou ocupar o cargo rapidamente. A orquestra era composta por em média 40 integrantes, sendo que suas apresentações variavam, desde a chegada de novos judeus ao campo, em entretenimento aos soldados que queriam ouvir suas músicas favoritas, ou até mesmo no acompanhamento de pessoas que seriam executadas em câmaras de gás.
Essa manifestação musical foi uma tentativa de propaganda nazista para convencer quem estava do lado de fora que ali ainda havia um caráter humanitário, sendo que passavam a mensagem de um lugar que havia muito tempo de lazer com música ao vivo, mas poucos sabiam ou só os que ali dentro estavam, é que elas tocavam muitas vezes para os próprios assassinos de seus familiares durante até 10 horas por dia, uma profissão que uma nota errada poderia custar suas vidas.
Documentário ' Bach em Auschwitz ' : Michel Dareon fez um documentário com as sobreviventes mostrando como essas mulheres musicistas tiveram a oportunidade de na música salvar a suas vidas.
Parte 1 : http://www.youtube.com/watch?v=5jl470oGftU
Parte 2 : http://www.youtube.com/watch?v=kHj-3m0Np9E
Parte 3 : http://www.youtube.com/watch?v=m8OxMupCXP0
Parte 4 : http://www.youtube.com/watch?v=ckUkVt7vkOo
Parte 5 : http://www.youtube.com/watch?v=MMV1HFL0JQc
Parte 6 : http://www.youtube.com/watch?v=lPo3W6iyxhw
Parte 7 : http://www.youtube.com/watch?v=MuU6g3kdjMc
Parte 8 : http://www.youtube.com/watch?v=8hfX7PeRGxw
Djalma de Campos 13/12/2013.
O música faz história de hoje vai falar da Segunda Guerra Mundial, mais precisamente do campo de concentração de Auschwitz localizado na Polônia, e vamos mostrar que até nesse meio com tanto sofrimento e dor, existia música e até mesmo por mais louco que pareça, uma orquestra.
Auschwitz - Birkenau foi uma extensa rede de campos de concentração no sul da Polônia, operados pelo Terceiro Reich nas áreas polonesas que estavam em domínio da Alemanha nazista, sendo essas imensas prisões os maiores símbolos dessa época. Essas construções foram para abrigar a imensa quantidade de judeus que eram presos, sendo que nas prisões das cidades não haviam mais espaço para tantas pessoas, porém o destaque é que esse foi o maior de todos os campos, porém os números de vítimas desse campo não é exato, mas giram entre 1,5 milhões e 2 milhões de mortos, sendo 90 % judeus.
A surpresa é que havia uma orquestra de prisioneiras, e não era uma simples orquestra, recebiam destaque e privilégios quando comparado aos demais que ali estavam, sendo o maior dos privilégios não serem mortas nas câmaras de gás e terem comida e um banho banho quente todos os dias.
A polonesa Sofia Czajkowska que por ventura tinha um bom conhecimento de música, recebeu ordens dos líderes da SS para que montasse uma orquestra e a regesse. Nisso passou a recrutar toda mulher que soubesse tocar algum instrumento ou que entendesse de teoria musical o suficiente para que fizesse cópias de partituras para os integrantes da orquestra ( copistas ).
Czajkowska foi substituída depois de um tempo por Alma Rosé (sobrinha do compositor Gustav Mahler) que tinha sido presa em sua cidade natal Viena, sendo que por sua tradição musical e já tendo sido regente de orquestra anteriormente possibilitou ocupar o cargo rapidamente. A orquestra era composta por em média 40 integrantes, sendo que suas apresentações variavam, desde a chegada de novos judeus ao campo, em entretenimento aos soldados que queriam ouvir suas músicas favoritas, ou até mesmo no acompanhamento de pessoas que seriam executadas em câmaras de gás.
Essa manifestação musical foi uma tentativa de propaganda nazista para convencer quem estava do lado de fora que ali ainda havia um caráter humanitário, sendo que passavam a mensagem de um lugar que havia muito tempo de lazer com música ao vivo, mas poucos sabiam ou só os que ali dentro estavam, é que elas tocavam muitas vezes para os próprios assassinos de seus familiares durante até 10 horas por dia, uma profissão que uma nota errada poderia custar suas vidas.
Documentário ' Bach em Auschwitz ' : Michel Dareon fez um documentário com as sobreviventes mostrando como essas mulheres musicistas tiveram a oportunidade de na música salvar a suas vidas.
Parte 1 : http://www.youtube.com/watch?v=5jl470oGftU
Parte 2 : http://www.youtube.com/watch?v=kHj-3m0Np9E
Parte 3 : http://www.youtube.com/watch?v=m8OxMupCXP0
Parte 4 : http://www.youtube.com/watch?v=ckUkVt7vkOo
Parte 5 : http://www.youtube.com/watch?v=MMV1HFL0JQc
Parte 6 : http://www.youtube.com/watch?v=lPo3W6iyxhw
Parte 7 : http://www.youtube.com/watch?v=MuU6g3kdjMc
Parte 8 : http://www.youtube.com/watch?v=8hfX7PeRGxw
Djalma de Campos 13/12/2013.
quinta-feira, 12 de dezembro de 2013
R.I.P. Jim Hall.
Olá, tudo bem ?
O música faz história de hoje vai ser em homenagem a vida e obra do grande guitarrista de jazz Jim Hall, que conquistou público graças a sua intimidade com a guitarra e demonstrou muito envolvimento e determinação na música.
Durante mais de 70 anos passou junto de uma guitarra, desde quando tinha aproximadamente 10 anos que passou a se encantar pelo instrumento decidindo que seria isso que iria fazer o resto de sua vida. Ao terminar escola foi aceito no Cleveland Institute of Music, mudando depois de formado para Los Angeles começando assim sua carreira profissional, integrando vários grupos de jazz e fundando tantos outros.
Ele que foi um dos principais guitarristas de jazz, influenciou toda uma geração de grandes músicos como Path Metheny e Bill Frisell com uma técnica apurada e precisa. Durante o seu auge tocou ao lado de Ella Fitzgerald, Sonny Rollins, Gerry Mulligan, Ornette Coleman e Paul Desmond. Uma das maiores premiações que recebeu foi em 2004, quando tornou-se o primeiro guitarrista de jazz moderno a receber o prêmio da National Endowment for the Art of Jazz Master, o principal prêmio desse estilo.
Morreu aos 83 anos na terça feira passada 10/12/2013, em sua casa em Nova York durante a noite, deixando seu legado na história da música, sendo que fez o que mais gostava, até suas últimas horas de vida.
O música faz história de hoje vai ser em homenagem a vida e obra do grande guitarrista de jazz Jim Hall, que conquistou público graças a sua intimidade com a guitarra e demonstrou muito envolvimento e determinação na música.
Durante mais de 70 anos passou junto de uma guitarra, desde quando tinha aproximadamente 10 anos que passou a se encantar pelo instrumento decidindo que seria isso que iria fazer o resto de sua vida. Ao terminar escola foi aceito no Cleveland Institute of Music, mudando depois de formado para Los Angeles começando assim sua carreira profissional, integrando vários grupos de jazz e fundando tantos outros.
Ele que foi um dos principais guitarristas de jazz, influenciou toda uma geração de grandes músicos como Path Metheny e Bill Frisell com uma técnica apurada e precisa. Durante o seu auge tocou ao lado de Ella Fitzgerald, Sonny Rollins, Gerry Mulligan, Ornette Coleman e Paul Desmond. Uma das maiores premiações que recebeu foi em 2004, quando tornou-se o primeiro guitarrista de jazz moderno a receber o prêmio da National Endowment for the Art of Jazz Master, o principal prêmio desse estilo.
Jim Hall: A
Life In Progress :http://www.youtube.com/watch?v=pfssUgKj_nI
'Round
Midnight - Jim Hall : http://www.youtube.com/watch?v=-_PmQrXv4O0
Djalma de Campos 12/12/2013.
segunda-feira, 9 de dezembro de 2013
Aranjuez, o violão junto da orquestra.
Olá, tudo bem ?
O música faz história de hoje vai falar de um dos maiores concertos dedicados para o violão erudito, cujo mostra toda sua virtuosidade, junto de um perfeito acompanhamento de orquestra, estamos falando da composição do espanhol Joaquín Rodrigo, o Concerto de Aranjuez.
É uma obra não muito antiga, nem completando o seu centenário, composta em 1939 em Paris, sendo a composição mais famosa do Joaquín Rodrigo, que por sinal foi a obra que o levou a sucesso internacional.
Longe do ambiente de tensão que habitava a Espanha, que estava passando pelo final de um Guerra Civil e na proximidade do começo da Segunda Guerra Mundial se muda para Paris o jovem, e excelente pianista Joaquin Rodrigo. A inspiração para o concerto veio dos jardins do Palácio Real de Aranjuez, esse que foi construído por Felipe II na última metade do século XVI para nobreza passar as férias, e foi reconstruído por Fernando VI no século XVIII. Essa composição tenta transportar o ouvinte para esse ambiente e através da nota transmitir a imensa harmonia e tranquilidade ali presente.
Segundo o próprio Joaquín, o primeiro movimento é ostentado por um espírito rítmico e muito encantador, o segundo movimento representa um diálogo entre o violonista solista e a orquestra, principalmente os sopros, e o último movimento trás uma dança da corte. Nas palavras dele afirma '' O concerto tenta capturar a fragrância de magnólias, o canto dos pássaros e o jorrar das fontes. '' Tudo isso presente naquele jardim.
Sua estréia foi em 1940, e como solista o violonista Regino Sainz, acompanhado da Orquestra Filarmônica de Barcelona, no Palácio da Música Catalã, nascendo assim o primeiro concerto para violão erudito e orquestra.
Joaquín Rodrigo
Joaquín Rodrigo.
Djalma de Campos 09/12/2013.
O música faz história de hoje vai falar de um dos maiores concertos dedicados para o violão erudito, cujo mostra toda sua virtuosidade, junto de um perfeito acompanhamento de orquestra, estamos falando da composição do espanhol Joaquín Rodrigo, o Concerto de Aranjuez.
É uma obra não muito antiga, nem completando o seu centenário, composta em 1939 em Paris, sendo a composição mais famosa do Joaquín Rodrigo, que por sinal foi a obra que o levou a sucesso internacional.
Longe do ambiente de tensão que habitava a Espanha, que estava passando pelo final de um Guerra Civil e na proximidade do começo da Segunda Guerra Mundial se muda para Paris o jovem, e excelente pianista Joaquin Rodrigo. A inspiração para o concerto veio dos jardins do Palácio Real de Aranjuez, esse que foi construído por Felipe II na última metade do século XVI para nobreza passar as férias, e foi reconstruído por Fernando VI no século XVIII. Essa composição tenta transportar o ouvinte para esse ambiente e através da nota transmitir a imensa harmonia e tranquilidade ali presente.
Segundo o próprio Joaquín, o primeiro movimento é ostentado por um espírito rítmico e muito encantador, o segundo movimento representa um diálogo entre o violonista solista e a orquestra, principalmente os sopros, e o último movimento trás uma dança da corte. Nas palavras dele afirma '' O concerto tenta capturar a fragrância de magnólias, o canto dos pássaros e o jorrar das fontes. '' Tudo isso presente naquele jardim.
Sua estréia foi em 1940, e como solista o violonista Regino Sainz, acompanhado da Orquestra Filarmônica de Barcelona, no Palácio da Música Catalã, nascendo assim o primeiro concerto para violão erudito e orquestra.
Concerto de Aranjuez - John Willians : http://www.youtube.com/watch?v=r2Xdlgii-Rc
Palácio Real de Aranjuez
Joaquín Rodrigo
Joaquín Rodrigo Vidre ( 22/11/1901 - 6/7/1999) foi um compositor e pianista espanhol, e apesar de ser cego desde sua infância, atingiu grande sucesso como músico, sendo popularizado por ter introduzido o violão erudito ( guitarra clássica ) nas salas de música clássica do século XX, principalmente por seu concerto, cujo conseguiu expressar com fidelidade o violão espanhol.
Djalma de Campos 09/12/2013.
quinta-feira, 5 de dezembro de 2013
Últimas notas de Mozart.
Olá, tudo bem ?
O música faz história vai falar da última obra composta por um dos maiores compositores de toda história, um jovem que logo muito cedo mostrou toda sua virtuosidade na música encantando plateias e conquistando reconhecimento a mais de 250 anos, estamos falando dele, Wolfgang Amadeus Mozart.
Mozart mostrou habilidade e muito prodígio desde sua infância, começando a compor aos 5 anos de idade, maravilhando até os reis e rainhas com a sua destreza musical, sendo que por toda sua vida fez isso, de uma forma muito única, compondo inúmeras obras, e todas aplaudidas pelos maiores músicos e críticos de sua época.
Requiem em ré menor K626 é uma missa fúnebre, sendo a sua última composição e que deixou inacabada por causa de sua morte desconhecida e prematura, sendo terminada pelo seu amigo e aprendiz Franz Xaver Sussmayr.
Requiem:
Em 1791 a obra foi encomendada por um desconhecido que recusou a se identificar, pedindo para que compusesse um Requiem em ré menor, dando a Mozart uma boa parte do adiantamento em dinheiro e disse que retornaria dali um mês para pegar a obra e dar o resto do pagamento. Porém pouco tempo após isso ele foi chamado para ir em Praga para escrever uma ópera A Clemência de Tito para ser tocada na coroação de Leopoldo II.
Ao ficar pensando quem poderia ser o desconhecido da encomenda, ele supôs que poderia ser um enviado do conde Walsegg Stuppach cujo a esposa havia falecido, conde o qual tinha costume de pegar obras de compositores e dizer que ele havia composto, e que essa seria executada dizendo que era uma homenagem sua para amada. Porém o questionamento de Mozart não parava por aí, ele que era obsessivo por pensar em ideias de morte por causa do trauma da morte de seu pai e seguidor da maçonaria, terminando por acreditar que poderia ser um mensageiro que viera anunciar sua morte, sendo que iria compor o requiem para seu próprio funeral.
Em Praga se adoeceu, e logo após terminar a ópera, voltou para Viena em ritmo intenso para finalizar a encomenda, quando em novembro de 1791 teve de recolher ao seu leito para atendimento médico. Em dezembro sua saúde melhorou, podendo até cantar partes do Requiem com algumas pessoas, mas no dia 4 de dezembro daquele ano piorou e muito, sendo que na manhã do dia 5 veio a falecer. Os diagnósticos foram vários desde febre muito forte até assassinato.
Deixou terminada apenas três secções como Introito , Kyrie e Dies Irae, do resto deixou trechos instrumentais, o coro, vozes solistas, baixo cifrado e órgão incompleto, fazendo algumas marcações para Franz Xaver que o terminasse, havendo também indicações para Domine Jesu e Agnus Dei, porém não havia nada escrito para o Sanctus e Communio, sendo esses dois compostos inteiramente por Franz.
A obra teve sua estreia dia 2 de janeiro de 1793 em um concerto para viúva de Mozart.
O música faz história vai falar da última obra composta por um dos maiores compositores de toda história, um jovem que logo muito cedo mostrou toda sua virtuosidade na música encantando plateias e conquistando reconhecimento a mais de 250 anos, estamos falando dele, Wolfgang Amadeus Mozart.
Mozart mostrou habilidade e muito prodígio desde sua infância, começando a compor aos 5 anos de idade, maravilhando até os reis e rainhas com a sua destreza musical, sendo que por toda sua vida fez isso, de uma forma muito única, compondo inúmeras obras, e todas aplaudidas pelos maiores músicos e críticos de sua época.
Requiem em ré menor K626 é uma missa fúnebre, sendo a sua última composição e que deixou inacabada por causa de sua morte desconhecida e prematura, sendo terminada pelo seu amigo e aprendiz Franz Xaver Sussmayr.
Requiem:
Em 1791 a obra foi encomendada por um desconhecido que recusou a se identificar, pedindo para que compusesse um Requiem em ré menor, dando a Mozart uma boa parte do adiantamento em dinheiro e disse que retornaria dali um mês para pegar a obra e dar o resto do pagamento. Porém pouco tempo após isso ele foi chamado para ir em Praga para escrever uma ópera A Clemência de Tito para ser tocada na coroação de Leopoldo II.
Ao ficar pensando quem poderia ser o desconhecido da encomenda, ele supôs que poderia ser um enviado do conde Walsegg Stuppach cujo a esposa havia falecido, conde o qual tinha costume de pegar obras de compositores e dizer que ele havia composto, e que essa seria executada dizendo que era uma homenagem sua para amada. Porém o questionamento de Mozart não parava por aí, ele que era obsessivo por pensar em ideias de morte por causa do trauma da morte de seu pai e seguidor da maçonaria, terminando por acreditar que poderia ser um mensageiro que viera anunciar sua morte, sendo que iria compor o requiem para seu próprio funeral.
Em Praga se adoeceu, e logo após terminar a ópera, voltou para Viena em ritmo intenso para finalizar a encomenda, quando em novembro de 1791 teve de recolher ao seu leito para atendimento médico. Em dezembro sua saúde melhorou, podendo até cantar partes do Requiem com algumas pessoas, mas no dia 4 de dezembro daquele ano piorou e muito, sendo que na manhã do dia 5 veio a falecer. Os diagnósticos foram vários desde febre muito forte até assassinato.
Deixou terminada apenas três secções como Introito , Kyrie e Dies Irae, do resto deixou trechos instrumentais, o coro, vozes solistas, baixo cifrado e órgão incompleto, fazendo algumas marcações para Franz Xaver que o terminasse, havendo também indicações para Domine Jesu e Agnus Dei, porém não havia nada escrito para o Sanctus e Communio, sendo esses dois compostos inteiramente por Franz.
A obra teve sua estreia dia 2 de janeiro de 1793 em um concerto para viúva de Mozart.
Mozart
Requiem in D minor, K626 : http://www.youtube.com/watch?v=VoPNIXuUsm4
Djalma de Campos 05/12/2013
segunda-feira, 2 de dezembro de 2013
Teremim ( Theremin ).
Olá, tudo bem ?
O música faz história de hoje trás um instrumento considerado moderno quando comparado aos naipes de orquestra, porém é um dos mais antigos instrumentos eletrônicos, com uma sonoridade única ele encanta muitas pessoas e causa estranhamento em tantas outras, estamos falando do teremim.
Criado pelo Lev Sergeivitch Termen na décanda de 20 em plena União Soviética, atual Rússia. Lev o qual trabalhava para a KGB e passou a vida fazendo equipamentos para espionagem até que desistiu desse emprego e passou a se dedicar ao violoncelo que era sua grande paixão. Quando um certo dia ele estava mexendo em um rádio e percebeu que a aproximação de sua mão na antena afetava o campo magnético, modificando assim a recepção do sinal. Com base nesse conceito construiu uma caixa com válvulas igual a do rádio e adaptou duas antenas, uma que ficava em posição vertical e outra horizontal.
Depois de uma viagem passando por alguns países da Europa se apresentando, aproximadamente no meio da década de 20 ele se mudou para o EUA e trocou o nome para Leon Theremim, cujo foi o nome que se popularizou com o instrumento. Em meados de 1938 ele foi levado de volta para URSS por agentes da KGB para trabalhar em desenvolvimentos de aparelhos de espionagem.
O teremim caiu em desuso após sua partida para o continente gelado, pois começaram a ser inventado outros aparelhos eletrônicos mais fáceis de serem tocados, porém teve aqueles que insistiram em utilizar e foi graça a esses que ele não chegou ao total esquecimento, sendo resgatado mais recentemente por grupos contemporâneos.
Djalma de Campos 02/12/2013
O música faz história de hoje trás um instrumento considerado moderno quando comparado aos naipes de orquestra, porém é um dos mais antigos instrumentos eletrônicos, com uma sonoridade única ele encanta muitas pessoas e causa estranhamento em tantas outras, estamos falando do teremim.
Criado pelo Lev Sergeivitch Termen na décanda de 20 em plena União Soviética, atual Rússia. Lev o qual trabalhava para a KGB e passou a vida fazendo equipamentos para espionagem até que desistiu desse emprego e passou a se dedicar ao violoncelo que era sua grande paixão. Quando um certo dia ele estava mexendo em um rádio e percebeu que a aproximação de sua mão na antena afetava o campo magnético, modificando assim a recepção do sinal. Com base nesse conceito construiu uma caixa com válvulas igual a do rádio e adaptou duas antenas, uma que ficava em posição vertical e outra horizontal.
Depois de uma viagem passando por alguns países da Europa se apresentando, aproximadamente no meio da década de 20 ele se mudou para o EUA e trocou o nome para Leon Theremim, cujo foi o nome que se popularizou com o instrumento. Em meados de 1938 ele foi levado de volta para URSS por agentes da KGB para trabalhar em desenvolvimentos de aparelhos de espionagem.
O teremim caiu em desuso após sua partida para o continente gelado, pois começaram a ser inventado outros aparelhos eletrônicos mais fáceis de serem tocados, porém teve aqueles que insistiram em utilizar e foi graça a esses que ele não chegou ao total esquecimento, sendo resgatado mais recentemente por grupos contemporâneos.
Leon
Theremin playing his own instrument : http://www.youtube.com/watch?v=w5qf9O6c20o
Teremim -
Meu Instrumento : http://www.youtube.com/watch?v=GBLKj2d0iC4
Clara
Rockmore
Nascida em 1911 na Lituânia foi uma criança prodígio no violino e entrou no conservatório de São Petersburgo com 5 anos de idade ( aluno mais novo a ingressar no conservatório até os dias de hoje ), porém por uma doença nos ossos ela teve de largar a carreira de violinista, que no entanto levou a conhecer o instrumento recém criado chamado teremim, que ajudou a superar sua frustração de não poder mais fazer música.
Por ter estudado música formalmente com bons professores ela já tinha um conhecimento musical, aliado de um ouvido apurado, isso ajudou e muito a ter vantagem sobre os outros executantes.
Ela se apresentou por muito tempo acompanhada de sua irmã que era pianista, e todo o desenvolvimento de técnicas e sonoridade ajudou a aprimorar o instrumento recém criado para ter melhor desempenho.
Clara Rockmore - Aria from Bachianas Brasileiras No.5(Heitor
Villa-Lobos) : http://www.youtube.com/watch?v=XN7SRksycWM
Djalma de Campos 02/12/2013
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