segunda-feira, 17 de março de 2014

Grécia e a Doutrina de Ethos.

Olá, tudo bem ?
O música faz história de hoje vai falar um pouco mais sobre uma teoria que surgiu desde a Grécia Antiga, que basicamente dizia que você é, o que você ouve. Não era uma teoria qualquer, pois ela insistia em fazer uma ligação da matemática com a música, acreditando em uma interferência tanto no que é visível ou invisível, sendo batizada de Doutrina de Ethos.
Diziam os gregos que dependendo do estilo de música teria a capacidade de atingir o universo, por isso muitos músicos da mitologia faziam milagres. Alguns desses estilos eram capazes  de influenciar no caráter e na personalidade de uma pessoa. Aristóteles explicou essa doutrina afirmando que a música apenas representa diretamente aquilo que está na alma, portanto quando ouvirmos música que nos desperte raiva, tomaremos essa raiva para nós, quando ouvirmos sobre amor, começaremos a amar, e assim por diante.
Aderindo assim a doutrina para o ensino dos jovens, visando que uma boa educação, exercícios físicos e música , poderiam criar pessoas do mais alto nível, pois os exercícios cuidaria de manter o corpo saudável, já a música seria responsável pela manutenção da mente, tanto que uma frase muito utilizada era '' Deixai-me fazer as canções de uma nação, que pouco me importa quem faz as suas leis. ''
Nessa delimitação musical imposta, talvez também pudessem estar tentando restringir tipos de ações que eram bastante presentes na época, como ritmos de atos orgiásticos.
Alguns defendem que essa doutrina realmente fazia sentido, pois a utilização da música naquela época era de uma forma bem diferente de hoje, e que durante momentos da história realmente os governantes proibiram alguns tipos de música, visando o bem estar da população. Fazendo assim uma divisão entre as músicas que despertavam a calma ligadas a Apolo ( utilizando como instrumento a lira ),  e as outras ligadas ao culto de Dionísio ( que utilizava como instrumento o aulos ).


Djalma de Campos, 17/03/2014.

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