Olá, tudo bem ?
O música faz história de hoje vai abordar a história dos castrati, ou no singular castrato, que eram cantores do gênero masculino porém que correspondiam a sua tessitura vocal a uma voz feminina, indo de soprano a contralto, essa técnica era empregada em garotos antes de entrarem em suas puberdades, os castrando e impossibilitando assim os seus desenvolvimento e maturidade sexual, não acontecendo a mudança de voz conforme eles fossem ficando mais velhos, conservando apenas uma voz aguda por falta do desenvolvimento da laringe.
Essa forma de canto nasceu por meados do século 400 d.C., no início do Império Bizantino, sendo desenvolvido até o século IX, onde houve o saque de Constantinopla, cujo por um tempo essa técnica ficou um pouco esquecida.
Porém na Itália do século XVI houve o seu reaparecimento pela necessidade de pessoas que atingissem as notas agudas nos corais das igrejas, mas você deve estar pensando, porque ao invés de castrar jovens garotos não utilizavam mulheres para cantar, pois bem, nessa época as mulheres eram proibidas de se manisfestarem de qualquer forma, principalmente na igreja onde deveriam permanecer caladas. Essas crianças eram muitas vezes órfãs, que os conservatórios ligado a igreja os adotavam e castravam para ensinarem essa arte do canto.
No universo da ópera foi muito famoso nos séculos XVII e XVIII, designando assim papéis de heróis das óperas barrocas aos castrati, onde tinham uma parte muito complexa para executar, sendo que poucos tinham a voz desenvolvida tecnicamente o bastante para exercer esse papel.
Com o desenvolvimento dos movimentos naturalistas da metade do século XVIII, onde eram por vezes contra o romantismo, mitos, voltados assim mais para razão, caiu em desuso o uso dos castrati, que por fim em 1870 a prática foi proibida, perpetuando poucos sobreviventes dessa época, o último castrati é da década de 20 do século passado, Alessandro Moreschi.
Alessandro Moreschi, sings Ave Maria : http://www.youtube.com/watch?v=KLjvfqnD0ws
*Foto de Alessandro Moreschi, o último castrato.
Djalma de Campos, 19/12/2013.
quinta-feira, 19 de dezembro de 2013
terça-feira, 17 de dezembro de 2013
Happy Birthday, Beethoven.
Olá, tudo bem ?
O música faz história de hoje vai homenagear o aniversariante desse dia 17 de Dezembro, ele que foi um divisor da música, com um impacto enorme no pensamento de construção musical, e dono de uma personalidade forte e marcante, esses fatores aliados possibilitaram a música tomar novos rumos depois de seu nascimento.
Decidi falar um pouco de uma obra para violino que eu gosto muito, é a sonata para violino nº9, mais conhecida como sonata Kreutzer, sendo gravada por inúmeros dos melhores violinistas do mundo, ela exige um bom nível técnico para quem está pensando em tocá-la. Portanto vou falar um pouco mais sobre sua história.
Sonata Kreutzer :
Essa sonata para violino é a de número 9, composta em 1803, sendo que a obra era para um violinista mulato muito jovem cujo o virtuosismo era comparado ao de Mozart, seu nome era George Augustus Polgreen Bridgetower, que acabara de vir de Londres em uma turnê pela Europa, mais precisamente em Viena para tentar arrecadar um pouco de dinheiro. O jovem mulato foi apresentado ao Beethoven pelos aristocratas da corte de Viena, e logo o compositor se entusiasmou para compor algo que pudessem tocar juntos, ele no piano e Brigetower no violino.
Marcaram para uma apresentação em público, sendo que Beethoven entregou a partitura apenas algumas horas antes da apresentação para o violinista, ainda que por incrível que pareça, a apresentação foi de uma qualidade excepcional. Existem documentos que dizem que no primeiro movimento, após uma passagem muito difícil da música, Bridgetower recriou uma parte da obra, tendo a aprovação eufórica do compositor, que se levantou do piano, para saudá-lo, se sentando rapidamente voltando a tocar. Esses fatos levaram a Beethoven a dedicar a sonata para Brigetower, a chamando de Sonata Mullatica.
Porém tudo estava ótimo, até em uma conversa no bar onde estava o violinista e Beethoven, aonde Bridgetower fez um comentário ofensivo de uma amiga do compositor, o deixando muito irritado, logo em seguida pediu de volta a partitura que havia dedicado ao mulato, e mudou sua dedicatória para Rodolphe Kreutzer, sendo na época o maior violinista do mundo, Kreutzer no entanto nunca a apresentou em público, dizendo que é uma das sonatas mais célebres da história e de uma difícil execução.
Brigetower morreu esquecido em 1860 no asilo de Londres.
O música faz história de hoje vai homenagear o aniversariante desse dia 17 de Dezembro, ele que foi um divisor da música, com um impacto enorme no pensamento de construção musical, e dono de uma personalidade forte e marcante, esses fatores aliados possibilitaram a música tomar novos rumos depois de seu nascimento.
Decidi falar um pouco de uma obra para violino que eu gosto muito, é a sonata para violino nº9, mais conhecida como sonata Kreutzer, sendo gravada por inúmeros dos melhores violinistas do mundo, ela exige um bom nível técnico para quem está pensando em tocá-la. Portanto vou falar um pouco mais sobre sua história.
Sonata Kreutzer :
Essa sonata para violino é a de número 9, composta em 1803, sendo que a obra era para um violinista mulato muito jovem cujo o virtuosismo era comparado ao de Mozart, seu nome era George Augustus Polgreen Bridgetower, que acabara de vir de Londres em uma turnê pela Europa, mais precisamente em Viena para tentar arrecadar um pouco de dinheiro. O jovem mulato foi apresentado ao Beethoven pelos aristocratas da corte de Viena, e logo o compositor se entusiasmou para compor algo que pudessem tocar juntos, ele no piano e Brigetower no violino.
Marcaram para uma apresentação em público, sendo que Beethoven entregou a partitura apenas algumas horas antes da apresentação para o violinista, ainda que por incrível que pareça, a apresentação foi de uma qualidade excepcional. Existem documentos que dizem que no primeiro movimento, após uma passagem muito difícil da música, Bridgetower recriou uma parte da obra, tendo a aprovação eufórica do compositor, que se levantou do piano, para saudá-lo, se sentando rapidamente voltando a tocar. Esses fatos levaram a Beethoven a dedicar a sonata para Brigetower, a chamando de Sonata Mullatica.
Porém tudo estava ótimo, até em uma conversa no bar onde estava o violinista e Beethoven, aonde Bridgetower fez um comentário ofensivo de uma amiga do compositor, o deixando muito irritado, logo em seguida pediu de volta a partitura que havia dedicado ao mulato, e mudou sua dedicatória para Rodolphe Kreutzer, sendo na época o maior violinista do mundo, Kreutzer no entanto nunca a apresentou em público, dizendo que é uma das sonatas mais célebres da história e de uma difícil execução.
Brigetower morreu esquecido em 1860 no asilo de Londres.
Oistrakh/Oborin
- Violin Sonata No.9,'Kreutzer' : http://www.youtube.com/watch?v=8uPGz7NU-mk
Djalma de Campos 17/12/2013.
Djalma de Campos 17/12/2013.
domingo, 15 de dezembro de 2013
10 curiosidades sobre Heitor Villa-Lobos.
Olá, tudo bem ?
O música faz história de hoje vai contar algumas curiosidades um tanto quanto inusitadas sobre Villa-Lobos, ele que foi um grande músico, conquistando espaço nesse meio com suas composições modernas e inovadoras, levando consigo muitos sonhos e objetivos que lutou muito para alcançar.
Nasceu em 5 de março de 1887 no Rio de Janeiro, foi maestro e compositor brasileiro, deu ao Brasil uma linguagem musical única em suas composições, resgatando músicas do caráter popular e indígenas as colocando junto dos instrumentos de orquestra.
10 curiosidades sobre Villa-Lobos :
1º Em tentativa de homenagear Villa, usaram a data de seu aniversário ( 5 de março ) para comemorar o dia da música clássica.
2º Aos 6 anos de idade começou estudar violoncelo em uma viola adaptada por seu pai.
3º Sua primeira composição foi aos 13 anos de idade, e intitulou a obra com o nome de '' Panqueca '' porém a partitura se perdeu.
4º Seu time de coração era o Vasco da Gama.
5º Foi proibido pela mãe de continuar estudando música, pois ela queria que ele entrasse em um curso de medicina para ter uma boa carreira profissional.
6º Estudou violão escondido porque os seus pais não aprovavam os seus encontros e participações em rodas de choro.
7º Em 1915 realizou pela primeira vez um concerto com músicas próprias. Porém estrou apenas em 1922 como músico modernista na Semana de Arte moderna daquele mesmo ano realizada em São Paulo, sendo vaiado pela platéia por sua música moderna, e pela sua vestimenta que em um dos concertos apareceu na apresentação de casaca e chinelos pois estava com gota.
8º Uma doença venérea o deixou estéreo sem poder ter filhos, talvez seja por isso que dedicou muitas de suas músicas ao universo infantil.
9º Gostava de brincadeiras e uma delas era empinar pipas.
10º Era um mitônomo assumido, ou seja , gostava de contar boas mentiras, e uma das histórias mais conhecidas é de quando quase foi devorado por índios canibais.
Assista o documentário e fique por dentro dessa personalidade brasileiras tão importante para nossa música, cujo infelizmente é mais valorizada fora do país do que por nós mesmos, não basta virar nome de praça pública, tem que valorizar e entender sua importância.
Villa-Lobos - Documentário "O índio de casaca" (completo - 1987) - http://www.youtube.com/watch?v=Bz-laUf22Ts
Djalma de Campos 15/12/2013.
O música faz história de hoje vai contar algumas curiosidades um tanto quanto inusitadas sobre Villa-Lobos, ele que foi um grande músico, conquistando espaço nesse meio com suas composições modernas e inovadoras, levando consigo muitos sonhos e objetivos que lutou muito para alcançar.
Nasceu em 5 de março de 1887 no Rio de Janeiro, foi maestro e compositor brasileiro, deu ao Brasil uma linguagem musical única em suas composições, resgatando músicas do caráter popular e indígenas as colocando junto dos instrumentos de orquestra.
10 curiosidades sobre Villa-Lobos :
1º Em tentativa de homenagear Villa, usaram a data de seu aniversário ( 5 de março ) para comemorar o dia da música clássica.
2º Aos 6 anos de idade começou estudar violoncelo em uma viola adaptada por seu pai.
3º Sua primeira composição foi aos 13 anos de idade, e intitulou a obra com o nome de '' Panqueca '' porém a partitura se perdeu.
4º Seu time de coração era o Vasco da Gama.
5º Foi proibido pela mãe de continuar estudando música, pois ela queria que ele entrasse em um curso de medicina para ter uma boa carreira profissional.
6º Estudou violão escondido porque os seus pais não aprovavam os seus encontros e participações em rodas de choro.
7º Em 1915 realizou pela primeira vez um concerto com músicas próprias. Porém estrou apenas em 1922 como músico modernista na Semana de Arte moderna daquele mesmo ano realizada em São Paulo, sendo vaiado pela platéia por sua música moderna, e pela sua vestimenta que em um dos concertos apareceu na apresentação de casaca e chinelos pois estava com gota.
8º Uma doença venérea o deixou estéreo sem poder ter filhos, talvez seja por isso que dedicou muitas de suas músicas ao universo infantil.
9º Gostava de brincadeiras e uma delas era empinar pipas.
10º Era um mitônomo assumido, ou seja , gostava de contar boas mentiras, e uma das histórias mais conhecidas é de quando quase foi devorado por índios canibais.
Assista o documentário e fique por dentro dessa personalidade brasileiras tão importante para nossa música, cujo infelizmente é mais valorizada fora do país do que por nós mesmos, não basta virar nome de praça pública, tem que valorizar e entender sua importância.
Villa-Lobos - Documentário "O índio de casaca" (completo - 1987) - http://www.youtube.com/watch?v=Bz-laUf22Ts
Djalma de Campos 15/12/2013.
sábado, 14 de dezembro de 2013
Gustav Holst e seus planetas.
Olá, tudo bem ?
O música faz história de hoje vai falar de uma composição escrita com caráter astrológico e místico, graças as diversas fontes literárias aliadas do amor pela música, Holst conseguiu compor algo fora dos padrões convencionais, fazendo assim uma série suites dos perfis de cada planeta do nosso sistema solar, com uma junção a espiritualidade.
A obra The Planets do compositor inglês Gustav Holst foi composta entre 1914 a 1916, tendo em cada movimento o nome de um planeta em formato de seu correspondente astrológico, porém a obra só contempla 7 planetas, pois ele excluiu a terra e nessa época Plutão nem havia sido descoberto, foi descoberto apenas em 1930, 4 anos antes da morte de Holst . A alusão astrológica tenta transmitir idéias e emoções de cada planeta sobre o seu psicológico, essa ideia que foi apresentada para Holst durante uma conversa com seu amigo sobre astrologia em 1913, sendo que a partir dai começou a pesquisar e se interessar cada vez mais sobre o assunto.
A obra tem caráter muito expressivo e contrastante mostrando influências do austríaco Schoenberg e dos russos Korsakov, Glazunov e Stravinsky, esse novo tipo de sonoridade que ajudou a tornar sucesso imediato perante ao publico da época. Essa foi a obra de maior sucesso do compositor superando toda suas outras criações, porém recebe críticas de seu próprio criador, dizendo que não foi uma de suas melhores ideias.
Ele que acreditava em forças astrais, sendo muito influenciado por pensamentos orientais principalmente com as ideias de reencarnação, isso aliado ao seu perfeccionismo, ajudou e muito para compor uma obra tão longa e cheia de detalhes,que possibilitou em 29 de setembro de 1918 a estréia da peça para 250 pessoas convidadas dentro do próprio Salão da Rainha da Inglaterra, foram 4 apresentações para público fechado, sendo sua primeira apresentação em aberto para população em 1920.
Os Planetas :
I. Marte, O portador da guerra.
O clima criado tem caráter marcial , tendo fortes representações bélicas e de muita energia, aspectos da música que caracterizam Marte, como coragem e instintos de luta, porém se isso não for controlado tem seu lado prejudicial como a violência e a morte, subprodutos da ira. Composto antes da Segunda Guerra Mundial, dizem ser premonições de Holst sobre o que viria a acontecer.
É utilizado pela mídia em filmes de guerra, pelo caráter que a música trás as cenas.
II. Vênus, O portador da paz.
Contrastante com o primeiro movimento por causa de seu andamento mais calmo e devagar, mostrando sensação de paz fazendo alusão a alma humana.
III. Mercúrio, O mensageiro alado.
Tem caráter alegre, com longos motivos melódicos transmitindo a ideia de uma mensagem vindo de outro mundo. Esse representa a inteligência do ser humano.
IV. Júpiter, O portador da jovialidade.
As trompas anunciam melodias maravilhosas que dão a oportunidade para toda orquestra começar a se comunicar entre os naipes criando um clima contagiante e convidativo, esse movimento representa a filosofia, representando os pensamentos que não estão no alcance do homem.
V. Saturno, O portador da velhice.
É constituído por um clima obscuro, deixando mais para os sopros o papel das melodias onde as cordas fazem apenas um acompanhamento. Esse representa o sofrimento, ditos por muito que é uma das maiores coisas que assolava Holst, por ter largado o piano e violino por problemas de saúde.
VI. Urano, O mágico.
Esse rico em detalhes tanto rítmicos como melódicos, vindo de todos os lados tenta surpreender o público com as melodias que vão aparecendo conforme a música é tocada, com alguns trechos de caráter repentinos e inesperados. O mágico, representa a independência de espírito.
VII. Netuno, O místico.
Faz valer o nome de místico com a música tocada em uma dinâmica bem leve, trás o papel de Netuno nessa viagem astrológica, fazendo representação dos sonhos, do misticismo e das meditações.
E o planeta Plutão ?
Em 2000 a Orquestra Hallé encomendou do inglês Colin Matthews (um especialista em Holst) para escrever o novo planeta que ele chamou de ''Plutão, o renovador ''.
Foi dedicado a Imogen Holst, filha de Gustav e teve sua estréia em Manchester em 11 de maio de 2000.
O música faz história de hoje vai falar de uma composição escrita com caráter astrológico e místico, graças as diversas fontes literárias aliadas do amor pela música, Holst conseguiu compor algo fora dos padrões convencionais, fazendo assim uma série suites dos perfis de cada planeta do nosso sistema solar, com uma junção a espiritualidade.
A obra The Planets do compositor inglês Gustav Holst foi composta entre 1914 a 1916, tendo em cada movimento o nome de um planeta em formato de seu correspondente astrológico, porém a obra só contempla 7 planetas, pois ele excluiu a terra e nessa época Plutão nem havia sido descoberto, foi descoberto apenas em 1930, 4 anos antes da morte de Holst . A alusão astrológica tenta transmitir idéias e emoções de cada planeta sobre o seu psicológico, essa ideia que foi apresentada para Holst durante uma conversa com seu amigo sobre astrologia em 1913, sendo que a partir dai começou a pesquisar e se interessar cada vez mais sobre o assunto.
A obra tem caráter muito expressivo e contrastante mostrando influências do austríaco Schoenberg e dos russos Korsakov, Glazunov e Stravinsky, esse novo tipo de sonoridade que ajudou a tornar sucesso imediato perante ao publico da época. Essa foi a obra de maior sucesso do compositor superando toda suas outras criações, porém recebe críticas de seu próprio criador, dizendo que não foi uma de suas melhores ideias.
Ele que acreditava em forças astrais, sendo muito influenciado por pensamentos orientais principalmente com as ideias de reencarnação, isso aliado ao seu perfeccionismo, ajudou e muito para compor uma obra tão longa e cheia de detalhes,que possibilitou em 29 de setembro de 1918 a estréia da peça para 250 pessoas convidadas dentro do próprio Salão da Rainha da Inglaterra, foram 4 apresentações para público fechado, sendo sua primeira apresentação em aberto para população em 1920.
Gustav
Holst - The Planets, Op. 32: http://www.youtube.com/watch?v=AHVsszW7Nds
I. Marte, O portador da guerra.
O clima criado tem caráter marcial , tendo fortes representações bélicas e de muita energia, aspectos da música que caracterizam Marte, como coragem e instintos de luta, porém se isso não for controlado tem seu lado prejudicial como a violência e a morte, subprodutos da ira. Composto antes da Segunda Guerra Mundial, dizem ser premonições de Holst sobre o que viria a acontecer.
É utilizado pela mídia em filmes de guerra, pelo caráter que a música trás as cenas.
II. Vênus, O portador da paz.
Contrastante com o primeiro movimento por causa de seu andamento mais calmo e devagar, mostrando sensação de paz fazendo alusão a alma humana.
III. Mercúrio, O mensageiro alado.
Tem caráter alegre, com longos motivos melódicos transmitindo a ideia de uma mensagem vindo de outro mundo. Esse representa a inteligência do ser humano.
IV. Júpiter, O portador da jovialidade.
As trompas anunciam melodias maravilhosas que dão a oportunidade para toda orquestra começar a se comunicar entre os naipes criando um clima contagiante e convidativo, esse movimento representa a filosofia, representando os pensamentos que não estão no alcance do homem.
V. Saturno, O portador da velhice.
É constituído por um clima obscuro, deixando mais para os sopros o papel das melodias onde as cordas fazem apenas um acompanhamento. Esse representa o sofrimento, ditos por muito que é uma das maiores coisas que assolava Holst, por ter largado o piano e violino por problemas de saúde.
VI. Urano, O mágico.
Esse rico em detalhes tanto rítmicos como melódicos, vindo de todos os lados tenta surpreender o público com as melodias que vão aparecendo conforme a música é tocada, com alguns trechos de caráter repentinos e inesperados. O mágico, representa a independência de espírito.
VII. Netuno, O místico.
Faz valer o nome de místico com a música tocada em uma dinâmica bem leve, trás o papel de Netuno nessa viagem astrológica, fazendo representação dos sonhos, do misticismo e das meditações.
E o planeta Plutão ?
Em 2000 a Orquestra Hallé encomendou do inglês Colin Matthews (um especialista em Holst) para escrever o novo planeta que ele chamou de ''Plutão, o renovador ''.
Foi dedicado a Imogen Holst, filha de Gustav e teve sua estréia em Manchester em 11 de maio de 2000.
Pluto, The
renewer : http://www.youtube.com/watch?v=N_v8G0fo4Ws
Djalma de Campos, 14/12/2013.
sexta-feira, 13 de dezembro de 2013
Música nos campos de concentração, Auschwitz.
Olá, tudo bem ?
O música faz história de hoje vai falar da Segunda Guerra Mundial, mais precisamente do campo de concentração de Auschwitz localizado na Polônia, e vamos mostrar que até nesse meio com tanto sofrimento e dor, existia música e até mesmo por mais louco que pareça, uma orquestra.
Auschwitz - Birkenau foi uma extensa rede de campos de concentração no sul da Polônia, operados pelo Terceiro Reich nas áreas polonesas que estavam em domínio da Alemanha nazista, sendo essas imensas prisões os maiores símbolos dessa época. Essas construções foram para abrigar a imensa quantidade de judeus que eram presos, sendo que nas prisões das cidades não haviam mais espaço para tantas pessoas, porém o destaque é que esse foi o maior de todos os campos, porém os números de vítimas desse campo não é exato, mas giram entre 1,5 milhões e 2 milhões de mortos, sendo 90 % judeus.
A surpresa é que havia uma orquestra de prisioneiras, e não era uma simples orquestra, recebiam destaque e privilégios quando comparado aos demais que ali estavam, sendo o maior dos privilégios não serem mortas nas câmaras de gás e terem comida e um banho banho quente todos os dias.
A polonesa Sofia Czajkowska que por ventura tinha um bom conhecimento de música, recebeu ordens dos líderes da SS para que montasse uma orquestra e a regesse. Nisso passou a recrutar toda mulher que soubesse tocar algum instrumento ou que entendesse de teoria musical o suficiente para que fizesse cópias de partituras para os integrantes da orquestra ( copistas ).
Czajkowska foi substituída depois de um tempo por Alma Rosé (sobrinha do compositor Gustav Mahler) que tinha sido presa em sua cidade natal Viena, sendo que por sua tradição musical e já tendo sido regente de orquestra anteriormente possibilitou ocupar o cargo rapidamente. A orquestra era composta por em média 40 integrantes, sendo que suas apresentações variavam, desde a chegada de novos judeus ao campo, em entretenimento aos soldados que queriam ouvir suas músicas favoritas, ou até mesmo no acompanhamento de pessoas que seriam executadas em câmaras de gás.
Essa manifestação musical foi uma tentativa de propaganda nazista para convencer quem estava do lado de fora que ali ainda havia um caráter humanitário, sendo que passavam a mensagem de um lugar que havia muito tempo de lazer com música ao vivo, mas poucos sabiam ou só os que ali dentro estavam, é que elas tocavam muitas vezes para os próprios assassinos de seus familiares durante até 10 horas por dia, uma profissão que uma nota errada poderia custar suas vidas.
Documentário ' Bach em Auschwitz ' : Michel Dareon fez um documentário com as sobreviventes mostrando como essas mulheres musicistas tiveram a oportunidade de na música salvar a suas vidas.
Parte 1 : http://www.youtube.com/watch?v=5jl470oGftU
Parte 2 : http://www.youtube.com/watch?v=kHj-3m0Np9E
Parte 3 : http://www.youtube.com/watch?v=m8OxMupCXP0
Parte 4 : http://www.youtube.com/watch?v=ckUkVt7vkOo
Parte 5 : http://www.youtube.com/watch?v=MMV1HFL0JQc
Parte 6 : http://www.youtube.com/watch?v=lPo3W6iyxhw
Parte 7 : http://www.youtube.com/watch?v=MuU6g3kdjMc
Parte 8 : http://www.youtube.com/watch?v=8hfX7PeRGxw
Djalma de Campos 13/12/2013.
O música faz história de hoje vai falar da Segunda Guerra Mundial, mais precisamente do campo de concentração de Auschwitz localizado na Polônia, e vamos mostrar que até nesse meio com tanto sofrimento e dor, existia música e até mesmo por mais louco que pareça, uma orquestra.
Auschwitz - Birkenau foi uma extensa rede de campos de concentração no sul da Polônia, operados pelo Terceiro Reich nas áreas polonesas que estavam em domínio da Alemanha nazista, sendo essas imensas prisões os maiores símbolos dessa época. Essas construções foram para abrigar a imensa quantidade de judeus que eram presos, sendo que nas prisões das cidades não haviam mais espaço para tantas pessoas, porém o destaque é que esse foi o maior de todos os campos, porém os números de vítimas desse campo não é exato, mas giram entre 1,5 milhões e 2 milhões de mortos, sendo 90 % judeus.
A surpresa é que havia uma orquestra de prisioneiras, e não era uma simples orquestra, recebiam destaque e privilégios quando comparado aos demais que ali estavam, sendo o maior dos privilégios não serem mortas nas câmaras de gás e terem comida e um banho banho quente todos os dias.
A polonesa Sofia Czajkowska que por ventura tinha um bom conhecimento de música, recebeu ordens dos líderes da SS para que montasse uma orquestra e a regesse. Nisso passou a recrutar toda mulher que soubesse tocar algum instrumento ou que entendesse de teoria musical o suficiente para que fizesse cópias de partituras para os integrantes da orquestra ( copistas ).
Czajkowska foi substituída depois de um tempo por Alma Rosé (sobrinha do compositor Gustav Mahler) que tinha sido presa em sua cidade natal Viena, sendo que por sua tradição musical e já tendo sido regente de orquestra anteriormente possibilitou ocupar o cargo rapidamente. A orquestra era composta por em média 40 integrantes, sendo que suas apresentações variavam, desde a chegada de novos judeus ao campo, em entretenimento aos soldados que queriam ouvir suas músicas favoritas, ou até mesmo no acompanhamento de pessoas que seriam executadas em câmaras de gás.
Essa manifestação musical foi uma tentativa de propaganda nazista para convencer quem estava do lado de fora que ali ainda havia um caráter humanitário, sendo que passavam a mensagem de um lugar que havia muito tempo de lazer com música ao vivo, mas poucos sabiam ou só os que ali dentro estavam, é que elas tocavam muitas vezes para os próprios assassinos de seus familiares durante até 10 horas por dia, uma profissão que uma nota errada poderia custar suas vidas.
Documentário ' Bach em Auschwitz ' : Michel Dareon fez um documentário com as sobreviventes mostrando como essas mulheres musicistas tiveram a oportunidade de na música salvar a suas vidas.
Parte 1 : http://www.youtube.com/watch?v=5jl470oGftU
Parte 2 : http://www.youtube.com/watch?v=kHj-3m0Np9E
Parte 3 : http://www.youtube.com/watch?v=m8OxMupCXP0
Parte 4 : http://www.youtube.com/watch?v=ckUkVt7vkOo
Parte 5 : http://www.youtube.com/watch?v=MMV1HFL0JQc
Parte 6 : http://www.youtube.com/watch?v=lPo3W6iyxhw
Parte 7 : http://www.youtube.com/watch?v=MuU6g3kdjMc
Parte 8 : http://www.youtube.com/watch?v=8hfX7PeRGxw
Djalma de Campos 13/12/2013.
quinta-feira, 12 de dezembro de 2013
R.I.P. Jim Hall.
Olá, tudo bem ?
O música faz história de hoje vai ser em homenagem a vida e obra do grande guitarrista de jazz Jim Hall, que conquistou público graças a sua intimidade com a guitarra e demonstrou muito envolvimento e determinação na música.
Durante mais de 70 anos passou junto de uma guitarra, desde quando tinha aproximadamente 10 anos que passou a se encantar pelo instrumento decidindo que seria isso que iria fazer o resto de sua vida. Ao terminar escola foi aceito no Cleveland Institute of Music, mudando depois de formado para Los Angeles começando assim sua carreira profissional, integrando vários grupos de jazz e fundando tantos outros.
Ele que foi um dos principais guitarristas de jazz, influenciou toda uma geração de grandes músicos como Path Metheny e Bill Frisell com uma técnica apurada e precisa. Durante o seu auge tocou ao lado de Ella Fitzgerald, Sonny Rollins, Gerry Mulligan, Ornette Coleman e Paul Desmond. Uma das maiores premiações que recebeu foi em 2004, quando tornou-se o primeiro guitarrista de jazz moderno a receber o prêmio da National Endowment for the Art of Jazz Master, o principal prêmio desse estilo.
Morreu aos 83 anos na terça feira passada 10/12/2013, em sua casa em Nova York durante a noite, deixando seu legado na história da música, sendo que fez o que mais gostava, até suas últimas horas de vida.
O música faz história de hoje vai ser em homenagem a vida e obra do grande guitarrista de jazz Jim Hall, que conquistou público graças a sua intimidade com a guitarra e demonstrou muito envolvimento e determinação na música.
Durante mais de 70 anos passou junto de uma guitarra, desde quando tinha aproximadamente 10 anos que passou a se encantar pelo instrumento decidindo que seria isso que iria fazer o resto de sua vida. Ao terminar escola foi aceito no Cleveland Institute of Music, mudando depois de formado para Los Angeles começando assim sua carreira profissional, integrando vários grupos de jazz e fundando tantos outros.
Ele que foi um dos principais guitarristas de jazz, influenciou toda uma geração de grandes músicos como Path Metheny e Bill Frisell com uma técnica apurada e precisa. Durante o seu auge tocou ao lado de Ella Fitzgerald, Sonny Rollins, Gerry Mulligan, Ornette Coleman e Paul Desmond. Uma das maiores premiações que recebeu foi em 2004, quando tornou-se o primeiro guitarrista de jazz moderno a receber o prêmio da National Endowment for the Art of Jazz Master, o principal prêmio desse estilo.
Jim Hall: A
Life In Progress :http://www.youtube.com/watch?v=pfssUgKj_nI
'Round
Midnight - Jim Hall : http://www.youtube.com/watch?v=-_PmQrXv4O0
Djalma de Campos 12/12/2013.
segunda-feira, 9 de dezembro de 2013
Aranjuez, o violão junto da orquestra.
Olá, tudo bem ?
O música faz história de hoje vai falar de um dos maiores concertos dedicados para o violão erudito, cujo mostra toda sua virtuosidade, junto de um perfeito acompanhamento de orquestra, estamos falando da composição do espanhol Joaquín Rodrigo, o Concerto de Aranjuez.
É uma obra não muito antiga, nem completando o seu centenário, composta em 1939 em Paris, sendo a composição mais famosa do Joaquín Rodrigo, que por sinal foi a obra que o levou a sucesso internacional.
Longe do ambiente de tensão que habitava a Espanha, que estava passando pelo final de um Guerra Civil e na proximidade do começo da Segunda Guerra Mundial se muda para Paris o jovem, e excelente pianista Joaquin Rodrigo. A inspiração para o concerto veio dos jardins do Palácio Real de Aranjuez, esse que foi construído por Felipe II na última metade do século XVI para nobreza passar as férias, e foi reconstruído por Fernando VI no século XVIII. Essa composição tenta transportar o ouvinte para esse ambiente e através da nota transmitir a imensa harmonia e tranquilidade ali presente.
Segundo o próprio Joaquín, o primeiro movimento é ostentado por um espírito rítmico e muito encantador, o segundo movimento representa um diálogo entre o violonista solista e a orquestra, principalmente os sopros, e o último movimento trás uma dança da corte. Nas palavras dele afirma '' O concerto tenta capturar a fragrância de magnólias, o canto dos pássaros e o jorrar das fontes. '' Tudo isso presente naquele jardim.
Sua estréia foi em 1940, e como solista o violonista Regino Sainz, acompanhado da Orquestra Filarmônica de Barcelona, no Palácio da Música Catalã, nascendo assim o primeiro concerto para violão erudito e orquestra.
Joaquín Rodrigo
Joaquín Rodrigo.
Djalma de Campos 09/12/2013.
O música faz história de hoje vai falar de um dos maiores concertos dedicados para o violão erudito, cujo mostra toda sua virtuosidade, junto de um perfeito acompanhamento de orquestra, estamos falando da composição do espanhol Joaquín Rodrigo, o Concerto de Aranjuez.
É uma obra não muito antiga, nem completando o seu centenário, composta em 1939 em Paris, sendo a composição mais famosa do Joaquín Rodrigo, que por sinal foi a obra que o levou a sucesso internacional.
Longe do ambiente de tensão que habitava a Espanha, que estava passando pelo final de um Guerra Civil e na proximidade do começo da Segunda Guerra Mundial se muda para Paris o jovem, e excelente pianista Joaquin Rodrigo. A inspiração para o concerto veio dos jardins do Palácio Real de Aranjuez, esse que foi construído por Felipe II na última metade do século XVI para nobreza passar as férias, e foi reconstruído por Fernando VI no século XVIII. Essa composição tenta transportar o ouvinte para esse ambiente e através da nota transmitir a imensa harmonia e tranquilidade ali presente.
Segundo o próprio Joaquín, o primeiro movimento é ostentado por um espírito rítmico e muito encantador, o segundo movimento representa um diálogo entre o violonista solista e a orquestra, principalmente os sopros, e o último movimento trás uma dança da corte. Nas palavras dele afirma '' O concerto tenta capturar a fragrância de magnólias, o canto dos pássaros e o jorrar das fontes. '' Tudo isso presente naquele jardim.
Sua estréia foi em 1940, e como solista o violonista Regino Sainz, acompanhado da Orquestra Filarmônica de Barcelona, no Palácio da Música Catalã, nascendo assim o primeiro concerto para violão erudito e orquestra.
Concerto de Aranjuez - John Willians : http://www.youtube.com/watch?v=r2Xdlgii-Rc
Palácio Real de Aranjuez
Joaquín Rodrigo
Joaquín Rodrigo Vidre ( 22/11/1901 - 6/7/1999) foi um compositor e pianista espanhol, e apesar de ser cego desde sua infância, atingiu grande sucesso como músico, sendo popularizado por ter introduzido o violão erudito ( guitarra clássica ) nas salas de música clássica do século XX, principalmente por seu concerto, cujo conseguiu expressar com fidelidade o violão espanhol.
Djalma de Campos 09/12/2013.
quinta-feira, 5 de dezembro de 2013
Últimas notas de Mozart.
Olá, tudo bem ?
O música faz história vai falar da última obra composta por um dos maiores compositores de toda história, um jovem que logo muito cedo mostrou toda sua virtuosidade na música encantando plateias e conquistando reconhecimento a mais de 250 anos, estamos falando dele, Wolfgang Amadeus Mozart.
Mozart mostrou habilidade e muito prodígio desde sua infância, começando a compor aos 5 anos de idade, maravilhando até os reis e rainhas com a sua destreza musical, sendo que por toda sua vida fez isso, de uma forma muito única, compondo inúmeras obras, e todas aplaudidas pelos maiores músicos e críticos de sua época.
Requiem em ré menor K626 é uma missa fúnebre, sendo a sua última composição e que deixou inacabada por causa de sua morte desconhecida e prematura, sendo terminada pelo seu amigo e aprendiz Franz Xaver Sussmayr.
Requiem:
Em 1791 a obra foi encomendada por um desconhecido que recusou a se identificar, pedindo para que compusesse um Requiem em ré menor, dando a Mozart uma boa parte do adiantamento em dinheiro e disse que retornaria dali um mês para pegar a obra e dar o resto do pagamento. Porém pouco tempo após isso ele foi chamado para ir em Praga para escrever uma ópera A Clemência de Tito para ser tocada na coroação de Leopoldo II.
Ao ficar pensando quem poderia ser o desconhecido da encomenda, ele supôs que poderia ser um enviado do conde Walsegg Stuppach cujo a esposa havia falecido, conde o qual tinha costume de pegar obras de compositores e dizer que ele havia composto, e que essa seria executada dizendo que era uma homenagem sua para amada. Porém o questionamento de Mozart não parava por aí, ele que era obsessivo por pensar em ideias de morte por causa do trauma da morte de seu pai e seguidor da maçonaria, terminando por acreditar que poderia ser um mensageiro que viera anunciar sua morte, sendo que iria compor o requiem para seu próprio funeral.
Em Praga se adoeceu, e logo após terminar a ópera, voltou para Viena em ritmo intenso para finalizar a encomenda, quando em novembro de 1791 teve de recolher ao seu leito para atendimento médico. Em dezembro sua saúde melhorou, podendo até cantar partes do Requiem com algumas pessoas, mas no dia 4 de dezembro daquele ano piorou e muito, sendo que na manhã do dia 5 veio a falecer. Os diagnósticos foram vários desde febre muito forte até assassinato.
Deixou terminada apenas três secções como Introito , Kyrie e Dies Irae, do resto deixou trechos instrumentais, o coro, vozes solistas, baixo cifrado e órgão incompleto, fazendo algumas marcações para Franz Xaver que o terminasse, havendo também indicações para Domine Jesu e Agnus Dei, porém não havia nada escrito para o Sanctus e Communio, sendo esses dois compostos inteiramente por Franz.
A obra teve sua estreia dia 2 de janeiro de 1793 em um concerto para viúva de Mozart.
O música faz história vai falar da última obra composta por um dos maiores compositores de toda história, um jovem que logo muito cedo mostrou toda sua virtuosidade na música encantando plateias e conquistando reconhecimento a mais de 250 anos, estamos falando dele, Wolfgang Amadeus Mozart.
Mozart mostrou habilidade e muito prodígio desde sua infância, começando a compor aos 5 anos de idade, maravilhando até os reis e rainhas com a sua destreza musical, sendo que por toda sua vida fez isso, de uma forma muito única, compondo inúmeras obras, e todas aplaudidas pelos maiores músicos e críticos de sua época.
Requiem em ré menor K626 é uma missa fúnebre, sendo a sua última composição e que deixou inacabada por causa de sua morte desconhecida e prematura, sendo terminada pelo seu amigo e aprendiz Franz Xaver Sussmayr.
Requiem:
Em 1791 a obra foi encomendada por um desconhecido que recusou a se identificar, pedindo para que compusesse um Requiem em ré menor, dando a Mozart uma boa parte do adiantamento em dinheiro e disse que retornaria dali um mês para pegar a obra e dar o resto do pagamento. Porém pouco tempo após isso ele foi chamado para ir em Praga para escrever uma ópera A Clemência de Tito para ser tocada na coroação de Leopoldo II.
Ao ficar pensando quem poderia ser o desconhecido da encomenda, ele supôs que poderia ser um enviado do conde Walsegg Stuppach cujo a esposa havia falecido, conde o qual tinha costume de pegar obras de compositores e dizer que ele havia composto, e que essa seria executada dizendo que era uma homenagem sua para amada. Porém o questionamento de Mozart não parava por aí, ele que era obsessivo por pensar em ideias de morte por causa do trauma da morte de seu pai e seguidor da maçonaria, terminando por acreditar que poderia ser um mensageiro que viera anunciar sua morte, sendo que iria compor o requiem para seu próprio funeral.
Em Praga se adoeceu, e logo após terminar a ópera, voltou para Viena em ritmo intenso para finalizar a encomenda, quando em novembro de 1791 teve de recolher ao seu leito para atendimento médico. Em dezembro sua saúde melhorou, podendo até cantar partes do Requiem com algumas pessoas, mas no dia 4 de dezembro daquele ano piorou e muito, sendo que na manhã do dia 5 veio a falecer. Os diagnósticos foram vários desde febre muito forte até assassinato.
Deixou terminada apenas três secções como Introito , Kyrie e Dies Irae, do resto deixou trechos instrumentais, o coro, vozes solistas, baixo cifrado e órgão incompleto, fazendo algumas marcações para Franz Xaver que o terminasse, havendo também indicações para Domine Jesu e Agnus Dei, porém não havia nada escrito para o Sanctus e Communio, sendo esses dois compostos inteiramente por Franz.
A obra teve sua estreia dia 2 de janeiro de 1793 em um concerto para viúva de Mozart.
Mozart
Requiem in D minor, K626 : http://www.youtube.com/watch?v=VoPNIXuUsm4
Djalma de Campos 05/12/2013
segunda-feira, 2 de dezembro de 2013
Teremim ( Theremin ).
Olá, tudo bem ?
O música faz história de hoje trás um instrumento considerado moderno quando comparado aos naipes de orquestra, porém é um dos mais antigos instrumentos eletrônicos, com uma sonoridade única ele encanta muitas pessoas e causa estranhamento em tantas outras, estamos falando do teremim.
Criado pelo Lev Sergeivitch Termen na décanda de 20 em plena União Soviética, atual Rússia. Lev o qual trabalhava para a KGB e passou a vida fazendo equipamentos para espionagem até que desistiu desse emprego e passou a se dedicar ao violoncelo que era sua grande paixão. Quando um certo dia ele estava mexendo em um rádio e percebeu que a aproximação de sua mão na antena afetava o campo magnético, modificando assim a recepção do sinal. Com base nesse conceito construiu uma caixa com válvulas igual a do rádio e adaptou duas antenas, uma que ficava em posição vertical e outra horizontal.
Depois de uma viagem passando por alguns países da Europa se apresentando, aproximadamente no meio da década de 20 ele se mudou para o EUA e trocou o nome para Leon Theremim, cujo foi o nome que se popularizou com o instrumento. Em meados de 1938 ele foi levado de volta para URSS por agentes da KGB para trabalhar em desenvolvimentos de aparelhos de espionagem.
O teremim caiu em desuso após sua partida para o continente gelado, pois começaram a ser inventado outros aparelhos eletrônicos mais fáceis de serem tocados, porém teve aqueles que insistiram em utilizar e foi graça a esses que ele não chegou ao total esquecimento, sendo resgatado mais recentemente por grupos contemporâneos.
Djalma de Campos 02/12/2013
O música faz história de hoje trás um instrumento considerado moderno quando comparado aos naipes de orquestra, porém é um dos mais antigos instrumentos eletrônicos, com uma sonoridade única ele encanta muitas pessoas e causa estranhamento em tantas outras, estamos falando do teremim.
Criado pelo Lev Sergeivitch Termen na décanda de 20 em plena União Soviética, atual Rússia. Lev o qual trabalhava para a KGB e passou a vida fazendo equipamentos para espionagem até que desistiu desse emprego e passou a se dedicar ao violoncelo que era sua grande paixão. Quando um certo dia ele estava mexendo em um rádio e percebeu que a aproximação de sua mão na antena afetava o campo magnético, modificando assim a recepção do sinal. Com base nesse conceito construiu uma caixa com válvulas igual a do rádio e adaptou duas antenas, uma que ficava em posição vertical e outra horizontal.
Depois de uma viagem passando por alguns países da Europa se apresentando, aproximadamente no meio da década de 20 ele se mudou para o EUA e trocou o nome para Leon Theremim, cujo foi o nome que se popularizou com o instrumento. Em meados de 1938 ele foi levado de volta para URSS por agentes da KGB para trabalhar em desenvolvimentos de aparelhos de espionagem.
O teremim caiu em desuso após sua partida para o continente gelado, pois começaram a ser inventado outros aparelhos eletrônicos mais fáceis de serem tocados, porém teve aqueles que insistiram em utilizar e foi graça a esses que ele não chegou ao total esquecimento, sendo resgatado mais recentemente por grupos contemporâneos.
Leon
Theremin playing his own instrument : http://www.youtube.com/watch?v=w5qf9O6c20o
Teremim -
Meu Instrumento : http://www.youtube.com/watch?v=GBLKj2d0iC4
Clara
Rockmore
Nascida em 1911 na Lituânia foi uma criança prodígio no violino e entrou no conservatório de São Petersburgo com 5 anos de idade ( aluno mais novo a ingressar no conservatório até os dias de hoje ), porém por uma doença nos ossos ela teve de largar a carreira de violinista, que no entanto levou a conhecer o instrumento recém criado chamado teremim, que ajudou a superar sua frustração de não poder mais fazer música.
Por ter estudado música formalmente com bons professores ela já tinha um conhecimento musical, aliado de um ouvido apurado, isso ajudou e muito a ter vantagem sobre os outros executantes.
Ela se apresentou por muito tempo acompanhada de sua irmã que era pianista, e todo o desenvolvimento de técnicas e sonoridade ajudou a aprimorar o instrumento recém criado para ter melhor desempenho.
Clara Rockmore - Aria from Bachianas Brasileiras No.5(Heitor
Villa-Lobos) : http://www.youtube.com/watch?v=XN7SRksycWM
Djalma de Campos 02/12/2013
quarta-feira, 27 de novembro de 2013
Do interior do Ceará para o mundo, maestro Eleazar de Carvalho.
Olá, tudo bem ?
O música faz história de hoje vai falar um pouco mais desse brasileiro que conquistou público e o respeito de grandes músicos tanto no Brasil quanto nas maiores orquestras do mundo, sendo responsável por uma música mais digna de uma democracia, músicas que passaram a ter o contato com um grande número de pessoas, tudo isso em uma época que esse ato era impossível para muitos e um sonho muito distante para tantos outros. Foi um ícone como mestre, cultivando inúmeros alunos e dando aulas em grandes universidades como Yale, aonde teve uma carreira sólida que ajudou na divulgação da música de compositores brasileiros pelo mundo.
Nascido no interior do Ceará em Iguatu em 28 de julho de 1912, filho de um militar e uma dona de casa, teve uma infância difícil e de muito trabalho, por aprontar muito seu pai o colocou na escola da Marinha do Brasil em Fortaleza, onde lá teve contato com a banda sinfônica que logo entrou para tocar tuba, por ter um bom desempenho, foi transferido para o Rio de Janeiro, aonde passou a tocar na banda dos Fuzileiros Navais, junto com solfejo e harmonia evoluiu rápido musicalmente, onde em 1929 foi aprovado para tocar na Orquestra do Teatro Municipal do Rio de Janeiro, juntou dinheiro trabalhando entre os músicos durante um tempo e depois saiu para ingressar e se dedicar completamente ao curso de regência na Escola de Música do Rio de Janeiro, onde em 1939 saiu de sua cadeira de tubista e foi para frente da orquestra reger ' O descobrimento do Brasil ' obra de sua própria autoria.
Com a vinda ao Brasil pela Orquestra da NBC, regida pelo Toscanini, o motivou na criação da OSB ( Oquestra Sinfonica Brasileira ) onde colocou sobe a direção da batuta o maestro húngaro Szenkar. Poucos anos após foi para o EUA com a vontade de reger uma grande orquestra, porém chegando por lá a realidade era outra, onde foi muito difícil convencer algum maestro que ele realmente era capaz disso, mas ele sabia do que era capaz e acreditava em seus sonhos, após várias críticas e negações ele conseguiu contato com o regente Sergey Koussevitzky ( foi aluno do próprio Tchaikovsky ) onde pediu 5 minutos da sua atenção para mostrar tudo que sabia sobre música, e que se caso não conseguisse mostrar seu conhecimento iria voltar para o Brasil e daqui nunca mais sair, com uma demonstração aprovada pelo regente, o aceitou como aluno junto de Leonard Berinstein em 1947, que teve a oportunidade de reger pela primeira vez a Orquestra Sinfônica de Boston que abriu oportunidades para convites de ir como convidado nas orquestras de Chicado, New York, e depois na Filadélfia.
Conseguiu vagas como professor definitivo na Juilliard School Of Music e na Yale University, aonde lecionou aulas de matérias teóricas e regência orquestral, cujo possibilitou contato com grandes mestres e até com o próprio Stravinsky. Quando começou a ir até a Europa, percorrendo quase todos os países regendo, e passando até por Israel, ganhando muitos títulos pelo seu trabalho, e em homenagem ao Brasil no repertório feito no exterior sempre incluiu peças de compositores brasileiros, sendo que os mais tocados eram Villa Lobos e Carlos Gomes.
Em 1973 voltando no Brasil, reorganizou a OSESP ( Orquestra Sinfonica do Estado de São Paulo ) onde batalhou muito em um tempo sem patrocínio e sem apoio para que ela conseguisse chegar a padrões de grandes orquestras internacionais e ajudou no Festival de Campos do Jordão onde era um festival pequeno e restrito a políticos, ele teve a ideia de inovar, e trazer um modelo que consistia em 1 mês de aulas com grandes músicos e apresentações onde os músicos que ali estavam participando poderiam aperfeiçoar a sua arte, modelo o qual foi aprendido fora do país, e isso serviu de exemplo para criação de inúmeros outros festivais pelo Brasil.
Muito doente teve forças para reger o ultimo concerto na atual Sala São Paulo aonde todos sabiam que ali iria ser a sua despedida e quando em 12 de setembro de 1996 veio a falecer com 84 anos o grande homem, Eleazar de Carvalho.
Com muitos anos de luta, conseguiu um grande passo para a música tanto na questão como educador, que sempre brigou por mais orquestras de qualidade no Brasil e um maior número de escolas de música e conservatórios, para que pudessem formar bons músicos e que atuassem como referências nacionais e internacionais, quanto como músico e divulgador da música brasileira no Brasil e no mundo, levando o desconhecido para dentro das maiores e melhores salas de concerto, para os mais diversos públicos, onde fez com que muita gente após isso sempre aumentasse a sua bagagem cultural, ajudando assim a construir a personalidade e intelectualidade, que julgava tão essencial para um Brasil melhor.
Ensaio com o Maestro Eleazar de Carvalho : http://www.youtube.com/watch?v=LSSn2xuKZh8
O música faz história de hoje vai falar um pouco mais desse brasileiro que conquistou público e o respeito de grandes músicos tanto no Brasil quanto nas maiores orquestras do mundo, sendo responsável por uma música mais digna de uma democracia, músicas que passaram a ter o contato com um grande número de pessoas, tudo isso em uma época que esse ato era impossível para muitos e um sonho muito distante para tantos outros. Foi um ícone como mestre, cultivando inúmeros alunos e dando aulas em grandes universidades como Yale, aonde teve uma carreira sólida que ajudou na divulgação da música de compositores brasileiros pelo mundo.
Nascido no interior do Ceará em Iguatu em 28 de julho de 1912, filho de um militar e uma dona de casa, teve uma infância difícil e de muito trabalho, por aprontar muito seu pai o colocou na escola da Marinha do Brasil em Fortaleza, onde lá teve contato com a banda sinfônica que logo entrou para tocar tuba, por ter um bom desempenho, foi transferido para o Rio de Janeiro, aonde passou a tocar na banda dos Fuzileiros Navais, junto com solfejo e harmonia evoluiu rápido musicalmente, onde em 1929 foi aprovado para tocar na Orquestra do Teatro Municipal do Rio de Janeiro, juntou dinheiro trabalhando entre os músicos durante um tempo e depois saiu para ingressar e se dedicar completamente ao curso de regência na Escola de Música do Rio de Janeiro, onde em 1939 saiu de sua cadeira de tubista e foi para frente da orquestra reger ' O descobrimento do Brasil ' obra de sua própria autoria.
Com a vinda ao Brasil pela Orquestra da NBC, regida pelo Toscanini, o motivou na criação da OSB ( Oquestra Sinfonica Brasileira ) onde colocou sobe a direção da batuta o maestro húngaro Szenkar. Poucos anos após foi para o EUA com a vontade de reger uma grande orquestra, porém chegando por lá a realidade era outra, onde foi muito difícil convencer algum maestro que ele realmente era capaz disso, mas ele sabia do que era capaz e acreditava em seus sonhos, após várias críticas e negações ele conseguiu contato com o regente Sergey Koussevitzky ( foi aluno do próprio Tchaikovsky ) onde pediu 5 minutos da sua atenção para mostrar tudo que sabia sobre música, e que se caso não conseguisse mostrar seu conhecimento iria voltar para o Brasil e daqui nunca mais sair, com uma demonstração aprovada pelo regente, o aceitou como aluno junto de Leonard Berinstein em 1947, que teve a oportunidade de reger pela primeira vez a Orquestra Sinfônica de Boston que abriu oportunidades para convites de ir como convidado nas orquestras de Chicado, New York, e depois na Filadélfia.
Conseguiu vagas como professor definitivo na Juilliard School Of Music e na Yale University, aonde lecionou aulas de matérias teóricas e regência orquestral, cujo possibilitou contato com grandes mestres e até com o próprio Stravinsky. Quando começou a ir até a Europa, percorrendo quase todos os países regendo, e passando até por Israel, ganhando muitos títulos pelo seu trabalho, e em homenagem ao Brasil no repertório feito no exterior sempre incluiu peças de compositores brasileiros, sendo que os mais tocados eram Villa Lobos e Carlos Gomes.
Em 1973 voltando no Brasil, reorganizou a OSESP ( Orquestra Sinfonica do Estado de São Paulo ) onde batalhou muito em um tempo sem patrocínio e sem apoio para que ela conseguisse chegar a padrões de grandes orquestras internacionais e ajudou no Festival de Campos do Jordão onde era um festival pequeno e restrito a políticos, ele teve a ideia de inovar, e trazer um modelo que consistia em 1 mês de aulas com grandes músicos e apresentações onde os músicos que ali estavam participando poderiam aperfeiçoar a sua arte, modelo o qual foi aprendido fora do país, e isso serviu de exemplo para criação de inúmeros outros festivais pelo Brasil.
Muito doente teve forças para reger o ultimo concerto na atual Sala São Paulo aonde todos sabiam que ali iria ser a sua despedida e quando em 12 de setembro de 1996 veio a falecer com 84 anos o grande homem, Eleazar de Carvalho.
Com muitos anos de luta, conseguiu um grande passo para a música tanto na questão como educador, que sempre brigou por mais orquestras de qualidade no Brasil e um maior número de escolas de música e conservatórios, para que pudessem formar bons músicos e que atuassem como referências nacionais e internacionais, quanto como músico e divulgador da música brasileira no Brasil e no mundo, levando o desconhecido para dentro das maiores e melhores salas de concerto, para os mais diversos públicos, onde fez com que muita gente após isso sempre aumentasse a sua bagagem cultural, ajudando assim a construir a personalidade e intelectualidade, que julgava tão essencial para um Brasil melhor.
Djalma de Campos 27/11/2013
segunda-feira, 25 de novembro de 2013
Vinil.
Olá, tudo bem ?
O música faz história de hoje é sobre um objeto que muito dos adolescentes nunca pegaram na mão, nem mesmo sabem da sua história e de como marcou época e foi importante na divulgação musical, com uma qualidade sonora única e uma magia de época indiscutível é dele que estamos falando, o avô do cd, o disco de vinil.
Chamado por muitos de LP ( Long Play ) ou Bolachão, foi uma forma de preservação e divulgação musical em massa criada na década de 40, feito de um material leve e resistente chamado de vinil, usualmente de cor preta, cujo os microssulcos que são neles grafados podem ser reproduzidos quando a agulha do toca discos passa por eles.
As vantagens quando comparado ao seu antecessor disco de goma- laca de 78 rotações RPM, são em sua leveza, maleáveis, resistente a quedas, mas ainda mais vantajoso quando comparado a capacidade de armazenamento de músicas, sendo superior ao goma-laca.
Houve o seu decaimento na década de 80 / 90, quando começou a produção e massificação de CDs que rapidamente ocuparam espaço dentro das casas e passaram a fazer o gosto da maioria da população que gostavam de ouvir música, prometendo maior capacidade, durabilidade e clareza sonora ( sem chiados ) .
Porém durante um bom tempo os amantes dessa arte permaneceram com os seus discos, cultivando esse hábito raro, admirando as capas e claro que o som que é inigualável.
Porém de alguns anos para cá só cresce a procura de vinil e a circulação em feiras e festivais do gênero, aumentando assim a riqueza de discos raros circulando pelas mãos dos grandes admiradores do disco, e tendo papel muito importante na divulgação e preservação popular do vinil, sendo ela apresentada para muitos que nunca tiveram contato antes ou para outros que já são íntimos dele, mas sempre estão afim de aprender um pouco mais.
O música faz história de hoje é sobre um objeto que muito dos adolescentes nunca pegaram na mão, nem mesmo sabem da sua história e de como marcou época e foi importante na divulgação musical, com uma qualidade sonora única e uma magia de época indiscutível é dele que estamos falando, o avô do cd, o disco de vinil.
Chamado por muitos de LP ( Long Play ) ou Bolachão, foi uma forma de preservação e divulgação musical em massa criada na década de 40, feito de um material leve e resistente chamado de vinil, usualmente de cor preta, cujo os microssulcos que são neles grafados podem ser reproduzidos quando a agulha do toca discos passa por eles.
As vantagens quando comparado ao seu antecessor disco de goma- laca de 78 rotações RPM, são em sua leveza, maleáveis, resistente a quedas, mas ainda mais vantajoso quando comparado a capacidade de armazenamento de músicas, sendo superior ao goma-laca.
Houve o seu decaimento na década de 80 / 90, quando começou a produção e massificação de CDs que rapidamente ocuparam espaço dentro das casas e passaram a fazer o gosto da maioria da população que gostavam de ouvir música, prometendo maior capacidade, durabilidade e clareza sonora ( sem chiados ) .
Porém durante um bom tempo os amantes dessa arte permaneceram com os seus discos, cultivando esse hábito raro, admirando as capas e claro que o som que é inigualável.
Porém de alguns anos para cá só cresce a procura de vinil e a circulação em feiras e festivais do gênero, aumentando assim a riqueza de discos raros circulando pelas mãos dos grandes admiradores do disco, e tendo papel muito importante na divulgação e preservação popular do vinil, sendo ela apresentada para muitos que nunca tiveram contato antes ou para outros que já são íntimos dele, mas sempre estão afim de aprender um pouco mais.
David
Russell plays Bach on vinyl- Rega P1 : https://www.youtube.com/watch?v=fSQLbMs8l8o
Djalma de Campos 25/11/2013.
sábado, 23 de novembro de 2013
Metrônomo.
Olá, tudo bem ?
O música faz história de hoje vai abordar uma ferramenta musical que serviu de grande importância para muitos compositores e também interpretes, apesar de ser temido e odiado por muitos, por causa de não admitir atrasos ou quem queira correr demais na música, ele tem um papel importante na história musical e na vida profissional de todos os músicos, estamos falando dele, o metrônomo.
Sua criação foi em 1812 em Amsterdã, na joalheria de Dietrich Nikolaus Winkel. Porém o austríaco Johann Mälzel copiou a ideia fazendo alguns ajustes e modificações, e garantiu a patente para ele. Cerca de alguns anos após isso Johann apresentou '' sua '' invenção ao seu amigo Ludwig Van Beethoven, cujo a partir dai foi o primeiro compositor a utilizar metrônomo e colocar o andamento metronômico em suas composições.
O funcionamento e estrutura dos metrônomos tradicionais são parecidos com um relógio de corda, porém por causa do pêndulo e que nele existe um marcador sendo utilizado para selecionar qual andamento deseja, ele sempre produzirá a mesma oscilação com regularidade, seja ela lenta ou rápida.
Os andamentos são:
Grave ( devagar e solene )
Largo (largo e severo )
Larghetto ( mais suave e mais ligeiro que o largo )
Lento ( lento )
Adagio ( vagarosamente)
Andante ( velocidade do andar humano )
Andantino ( mais ligeiro que andante)
Moderato ( nem rápido, nem lento)
Allegretto ( quase um allegro)
Allegro ( ligeiro e alegre)
Vivace ( rápido e vivo)
Presto ( veloz e animado)
Prestissimo (muito rápido )
( termos estão em italiano)
*O compositor húngaro Gyorgy Ligeti compôs a peça Poème Symphonique pour 100 metronomes (Poema sinfônico para 100 metrônomos) em 1962, cada um dos 100 metrônomos tem sua mola totalmente carregada e ajustados em andamentos diferentes e depois disparados da maneira mais rápida possível e na medida que o tempo passa vão cada um parando em um dado instante sobrando no final apenas um metrônomo que também persiste um tempo sozinho e depois para. Esse poema sinfônico é executado em quanto as pessoas estão entrando na sala de apresentação e tomando os seus lugares.
Poème Symphonique for 100 metronomes in RI : https://www.youtube.com/watch?v=BJoee4izYak
* Antes do metrônomo muitos músicos utilizavam a pulsação do coração como referência de tempo.
Djalma de Campos 23/11/2013
sexta-feira, 22 de novembro de 2013
Beethoven Sinfonia nº3, op 55, Heroica.
Olá, tudo bem ?
O música faz história de hoje abordará uma grande obra do período clássico para o romantico, uma obra tão grandiosa e espetacularmente rica em detalhes de sua composição, essa é a Sinfonia nº 3 Op 55 de Beethoven, a Sinfonia Heroica.
Em 7 de abril de 1805 no Palácio Lobkowitz em Viena, tinha a estréia de uma composição que teria durado cerca de 2 anos sua construção, de 1802 até 1804, projeto o qual teve inicio na ideia de construir uma grande sinfonia, longa, rica em detalhes e elogiando uma grande personalidade da época, Napoleão Bonaparte, sua admiração era grande pelo militar que chegou a comandar um grande país, a França, com toda sua genialidade e destreza. Essa obra que buscou toda riqueza estética é dada como o marco divisor do período clássico cujo tinha ênfase na razão e na beleza, para o romântico que experimentava mais emoção e sentimentalismo em sua construção.
Essa obra contem 4 movimentos :
I. Allegro con brio
II. Marcia Funebre: adagio assai
III. Scherzo: Allegro vivace
IV. Finale : Allegro Molto
I. Allegro con brio.
A forma de sonata que é exposição de um tema, seu desenvolvimento e por final uma reexposição, é contemplada nesse movimento, que tornará modelo para linha de composição de muitos músicos depois dele, como Brahms, Mahler, Schubert entre outros. Logo de início dois acordes com grande potencia são dados na entrada por toda a orquestra, Beethoven afirma a tonalidade dessa obra: mi bemol maior e impactando os ouvintes que não estavam acostumados com isso na época. Em seguida apresentado o primeiro tema, que advém de uma linha simples porém de grande efeito entregue a grandiosidade do naipe de violoncelos, que geralmente nunca ficavam com o tema , e completada posteriormente com os violinos.Os sopros que posteriormente dialogam entre si juntos das cordas exploram técnicas potencialidades rítmicas que energicamente após isso o tema é retomado pelo tutti orquestral. Com uma outra ligação em um segundo tema uma série de acordes suaves entre as madeiras é respondido pelas cordas, porém depois de um crescendo é trazido de volta o tema inicial, só que com novo ritmo, terminando a exposição no diminuendo da orquestra. Agora vem o desenvolvimento, esse o mais longo, o qual é mostrado muito contraponto musical, com grandes detalhes e motivos musicais muito bem trabalhados. A reexposição se dá no tocar o eco das trompas que volta o tema inicial, depois na retomada em uníssono que canta um grande hino de vitória.
Djalma de Campos 22/11/2013.
O música faz história de hoje abordará uma grande obra do período clássico para o romantico, uma obra tão grandiosa e espetacularmente rica em detalhes de sua composição, essa é a Sinfonia nº 3 Op 55 de Beethoven, a Sinfonia Heroica.
Em 7 de abril de 1805 no Palácio Lobkowitz em Viena, tinha a estréia de uma composição que teria durado cerca de 2 anos sua construção, de 1802 até 1804, projeto o qual teve inicio na ideia de construir uma grande sinfonia, longa, rica em detalhes e elogiando uma grande personalidade da época, Napoleão Bonaparte, sua admiração era grande pelo militar que chegou a comandar um grande país, a França, com toda sua genialidade e destreza. Essa obra que buscou toda riqueza estética é dada como o marco divisor do período clássico cujo tinha ênfase na razão e na beleza, para o romântico que experimentava mais emoção e sentimentalismo em sua construção.
Essa obra contem 4 movimentos :
I. Allegro con brio
II. Marcia Funebre: adagio assai
III. Scherzo: Allegro vivace
IV. Finale : Allegro Molto
I. Allegro con brio.
A forma de sonata que é exposição de um tema, seu desenvolvimento e por final uma reexposição, é contemplada nesse movimento, que tornará modelo para linha de composição de muitos músicos depois dele, como Brahms, Mahler, Schubert entre outros. Logo de início dois acordes com grande potencia são dados na entrada por toda a orquestra, Beethoven afirma a tonalidade dessa obra: mi bemol maior e impactando os ouvintes que não estavam acostumados com isso na época. Em seguida apresentado o primeiro tema, que advém de uma linha simples porém de grande efeito entregue a grandiosidade do naipe de violoncelos, que geralmente nunca ficavam com o tema , e completada posteriormente com os violinos.Os sopros que posteriormente dialogam entre si juntos das cordas exploram técnicas potencialidades rítmicas que energicamente após isso o tema é retomado pelo tutti orquestral. Com uma outra ligação em um segundo tema uma série de acordes suaves entre as madeiras é respondido pelas cordas, porém depois de um crescendo é trazido de volta o tema inicial, só que com novo ritmo, terminando a exposição no diminuendo da orquestra. Agora vem o desenvolvimento, esse o mais longo, o qual é mostrado muito contraponto musical, com grandes detalhes e motivos musicais muito bem trabalhados. A reexposição se dá no tocar o eco das trompas que volta o tema inicial, depois na retomada em uníssono que canta um grande hino de vitória.
BEETHOVEN -
Symphony no. 3 "EROICA" - Leonard Bernstein : https://www.youtube.com/watch?v=W-uEjxxYtHo
II. Marcia Funebre: adagio assai.
Muito dolorosa e feita para o sentir, fazendo dela uma ideia de pensamento sobre a morte, com o intuito de homenagear os heróis que morreram no campo de batalha. Possui uma estrutura não muito complexa, porém com um grande destaque para as frases feitas pelos violinos no começo que em seguida a atenção se passa para os sopros e as cordas passam a tocar ritmo funebre.
Beethoven :
Symphony No. 3. "Eroica" II. Marcia funebre: Adagio assai : https://www.youtube.com/watch?v=vbNpoyF_M-o
III. Scherzo : Allegro Vivace.
Contemplado aqui um grande scherzo, ele é desenvolvido em torno de sua pulsação natural que é dada surgindo muitas ideias melódicas do seu próprio caminhar rítmico, demonstrando uma grande energia criativa.
Best of
Beethoven: Symphony No. 3 in E-flat major, Op. 55, "Eroica" -
Scherzo: Allegro Vivace :https://www.youtube.com/watch?v=nJDQMyHbSko
IV. Finale : Allegro Molto.
Grande final, com bastante velocidade técnica e expressões fortes, ele utiliza um tema que já existia em uma obra anterior As Criaturas de Prometeu e nas Variações para Piano op35. Muitos dizem que não é apenas uma variação de maneira clássica mas sim muita inspiração também barroca, por causa da repetição da célula geradora em quase todos compassos. O movimento que resgata um pouco da dramaticidade da marcha funebre, logo muda de ideia em seu desenvolvimento e a orquestra toda anuncia um grande ato heróico.
Beethoven:
Symphony No. 3 "Eroica" 4st movement: https://www.youtube.com/watch?v=FTE0Tevqzew
--------------------------------------------
Com uma sinfonia considerada longa para época, sua obra é quase o dobro do tamanho das sinfonias dos mestres de Beethoven, o grandioso Haydn e o virtuoso Mozart, só o primeiro movimento é quase tão longo quanto muitas sinfonias deles. Uma obra repleta de sentimentos, emoções e sensações porém não deixando de lado toda a razão e a beleza do ser clássico, com motivos que beiram a interpretação da morte, com toda sua dramaticidade até ideias grandiosamente heroicas. Esse é o resultado do trabalho com muita determinação por um dos maiores gênios da história da música, Ludwig van
Beethoven, que depois de iniciar sua composições a música nunca mais foi a mesma.
Beethoven:
Symphony No. 3 "Eroica" :https://www.youtube.com/watch?v=-kG9X_idNkk
Djalma de Campos 22/11/2013.
quinta-feira, 21 de novembro de 2013
Gaita de fole.
Olá, tudo bem ?
O música faz história de hoje vai analisar a história de um instrumento bastante conhecido pelas pessoas, porém pouco se fala sobre sua história e desenvolvimento no tempo, a gaita de fole.
O instrumento que é da família dos aerofoles tem uma origem muito polêmica, sendo que foram encontrados referências de sua existência a 1000 a.C. na Ásia Menor, tocada até o século 1 d.C. em muitos países como Índia, Espanha, Egito e França sendo muito popular nas Ilhas Britânicas, usado até como instrumento na marcha do campo de batalha.
Um instrumento que foi mencionado na bíblia, dando indícios aos historiadores do possível surgimento na região da Suméria, através da imigração dos Celtas sendo que sua introdução começou pela Pérsia, depois posteriormente em Roma e na Grécia, encontrando documentos que até o imperador Nero tocava gaita de fole, porém ela esteve presente em todas as classes sociais, usadas até em cerimônias religiosas, como cultos e celebrações.
Durante o renascimento a gaita de fole começou a fazer menos parte da cultura popular e ficar cada vez mais presente na corte, tanto Eduardo II e Eduardo III tiveram gaiteiros em sua corte. Sendo que o rei Henrique VIII tinha uma coleção de instrumentos dentro dos quais havia uma gaita de fole.
Porém com algumas associações que a igreja fazia com o paganismo, ficou proibido e taxado como pecado tocar gaita de fole na Escócia do século XVI, sendo que nesse período a gaita de fole chegou a um bom nível de desenvolvimento do instrumento, possibilitando mais sonoridade, porém foi nessa mesma época que elas começaram a competir com os instrumentos de metais e outros da família dos sopros, sendo ela cada vez menos preservadas e pouco a pouco voltou as suas origens, populações pastoris afastado das grandes cidades, voltando no século XX quando houve uma retomada feita por burgueses que buscavam músicas tradicionais encontrnado a riqueza desse instrumento.
Djalma de Campos 21/11/2013
O música faz história de hoje vai analisar a história de um instrumento bastante conhecido pelas pessoas, porém pouco se fala sobre sua história e desenvolvimento no tempo, a gaita de fole.
O instrumento que é da família dos aerofoles tem uma origem muito polêmica, sendo que foram encontrados referências de sua existência a 1000 a.C. na Ásia Menor, tocada até o século 1 d.C. em muitos países como Índia, Espanha, Egito e França sendo muito popular nas Ilhas Britânicas, usado até como instrumento na marcha do campo de batalha.
Um instrumento que foi mencionado na bíblia, dando indícios aos historiadores do possível surgimento na região da Suméria, através da imigração dos Celtas sendo que sua introdução começou pela Pérsia, depois posteriormente em Roma e na Grécia, encontrando documentos que até o imperador Nero tocava gaita de fole, porém ela esteve presente em todas as classes sociais, usadas até em cerimônias religiosas, como cultos e celebrações.
Durante o renascimento a gaita de fole começou a fazer menos parte da cultura popular e ficar cada vez mais presente na corte, tanto Eduardo II e Eduardo III tiveram gaiteiros em sua corte. Sendo que o rei Henrique VIII tinha uma coleção de instrumentos dentro dos quais havia uma gaita de fole.
Porém com algumas associações que a igreja fazia com o paganismo, ficou proibido e taxado como pecado tocar gaita de fole na Escócia do século XVI, sendo que nesse período a gaita de fole chegou a um bom nível de desenvolvimento do instrumento, possibilitando mais sonoridade, porém foi nessa mesma época que elas começaram a competir com os instrumentos de metais e outros da família dos sopros, sendo ela cada vez menos preservadas e pouco a pouco voltou as suas origens, populações pastoris afastado das grandes cidades, voltando no século XX quando houve uma retomada feita por burgueses que buscavam músicas tradicionais encontrnado a riqueza desse instrumento.
Awesome Bagpipe Player : https://www.youtube.com/watch?v=Ef1K3wYf1cM
Champion Bagpiper Jori Chisholm : https://www.youtube.com/watch?v=rNHbhgnEskY
Meu Instrumento-Thiago Scavani-Gaiteiro : https://www.youtube.com/watch?v=LDqqg1Kn-iA
Djalma de Campos 21/11/2013
Viola da gamba.
Olá, tudo bem ?
O música faz história de hoje irá contemplar um instrumento certamente de uma sonoridade incrível, porém não conhecidos por muitos, ele o qual teve papel muito importante na construção da composição na história da música, criando um repertório muito agradável e explorando toda capacidade técnica dessa construção, essa é a viola da gamba.
Com sua invenção e desenvolvimento no século XV marcou presença na renascença e no período barroco. Ela veio de um instrumento pré existente a vihuela, instrumento de cordas pinçadas. semelhante ao violão. O seu atual nome se deu na Itália, pois gamba significa ' pernas ' cujo é onde a posição o instrumento se encontra durante sua execução, entre as pernas.
Ela ficou em evidencia sendo apreciada até o final do século XVIII sendo muito ouvida nas cortes europeias nesses período, com um repertório que demonstrava virtuosidade para época, porém a partir desse século foi caindo em desuso e substituída pelo violoncelo.
Sua chegada ao Brasil é incerta historicamente, apenas se sabe da vinda através dos poucos europeus ligados a cultura até o século XVIII, porém na atualidade com o resgate e a requisição de instrumentos de época para execução de música antiga vem aumentando, e em consequência ela está sendo mais tocada em salas de concerto.
Djalma de Campos 21/11/2013
O música faz história de hoje irá contemplar um instrumento certamente de uma sonoridade incrível, porém não conhecidos por muitos, ele o qual teve papel muito importante na construção da composição na história da música, criando um repertório muito agradável e explorando toda capacidade técnica dessa construção, essa é a viola da gamba.
Com sua invenção e desenvolvimento no século XV marcou presença na renascença e no período barroco. Ela veio de um instrumento pré existente a vihuela, instrumento de cordas pinçadas. semelhante ao violão. O seu atual nome se deu na Itália, pois gamba significa ' pernas ' cujo é onde a posição o instrumento se encontra durante sua execução, entre as pernas.
Ela ficou em evidencia sendo apreciada até o final do século XVIII sendo muito ouvida nas cortes europeias nesses período, com um repertório que demonstrava virtuosidade para época, porém a partir desse século foi caindo em desuso e substituída pelo violoncelo.
Sua chegada ao Brasil é incerta historicamente, apenas se sabe da vinda através dos poucos europeus ligados a cultura até o século XVIII, porém na atualidade com o resgate e a requisição de instrumentos de época para execução de música antiga vem aumentando, e em consequência ela está sendo mais tocada em salas de concerto.
Carolus Hacquart Suites for Viola da Gamba Opus III : https://www.youtube.com/watch?v=pVc0JUU7QCc
Djalma de Campos 21/11/2013
quarta-feira, 20 de novembro de 2013
História da música africana em contato com o Brasil.
Olá, tudo bem ?
O música faz história de hoje dia da consciência negra vai falar um pouco mais sobre a difusão dos ritmos africanos na música brasileira a tornando única e muito admirada.
A cultura brasileira e, logicamente, a rica música que se
faz e consome no país estruturam-se a partir de duas básicas matrizes
africanas, provenientes das civilizações conguesa e iorubana. A primeira
sustenta a espinha dorsal dessa música, que tem no samba sua face mais exposta.
A segunda molda, principalmente, a música religiosa afro-brasileira e os
estilos dela decorrentes.
A música criada pelos afro-brasileiros é uma mistura de
influências de toda a África subsaariana com elementos da música portuguesa e,
em menor grau, ameríndia, que produziu uma grande variedade de estilos.
A música popular brasileira é fortemente influenciada pelos
ritmos africanos. As expressões de música afro-brasileira mais conhecidas são o
samba, maracatu, ijexá, coco, jongo, carimbó, maxixe, maculelê.
Como aconteceu em toda parte do continente americano onde
houve escravos africanos, a música feita pelos afro-descendentes foi
inicialmente desprezada e mantida na marginalidade, até que ganhou notoriedade
no início do século XX e se tornou a mais popular nos dias atuais.
Samba,
No Brasil, acredita-se que o termo "samba" foi uma
corruptela de "semba" (umbigada), palavra de origem africana - possivelmente
oriunda de Angola ou Congo, de onde vieram a maior parte dos escravos para o
Brasil. Em meados do século XIX, a palavra samba definia diferentes tipos de
música introduzidas pelos escravos africanos, sempre conduzida por diversos
tipos de batuques, mas que assumiam características próprias em cada Estado
brasileiro, não só pela diversidade das tribos de escravos, como pela
peculiaridade de cada região em que foram assentados. Algumas destas danças
populares conhecidas foram: bate-baú, samba-corrido, samba-de-roda,
samba-de-chave e samba-de-barravento, na Bahia; coco, no Ceará;
tambor-de-crioula (ou ponga), no Maranhão; trocada, coco-de-parelha, samba de
coco e soco-travado, no Pernambuco; bambelô, no Rio Grande do Norte;
partido-alto, miudinho, jongo e caxambu, no Rio de Janeiro; samba-lenço,
samba-rural, tiririca, miudinho e jongo em São Paulo.
SAMBA DE RODA "que faz parte da nossa capoeira..."
Brasil. : https://www.youtube.com/watch?v=jP_XcqDl_ck
Maracatu,
Maracatu é um ritmo musical com origem no estado de
Pernambuco.É caracterizado principalmente pela percussão forte, em ritmo
frenético, que teve origem nas congadas, cerimônias de coroação dos reis e rainhas
da Nação negra.
A percussão é baseada em tambores grandes, chamados alfaias
(pulso do Maracatu), acompanhados de caixas, taróis, ganzás e um gonguê.
Maracatu Mar Aberto | The Rehearsal :https://www.youtube.com/watch?v=kcD7lFzodBw
Ijexá,
O Ijexá resiste atualmente como ritmo musical presente nos
Afoxés.
O Ijexá, dentro do Candomblé é essencialmente um ritmo que
se toca para Orixás, Oxum , Osain, Ogum, Logum-edé, Exu, Oba, Oyá-Yansan e
Oxalá.
Ritmo suave mas de batida e cadência marcadas de grande
beleza, no som e na dança. O Ijexá é tocado exclusivamente com as mãos, os
aquidavis ou baquetas não são usados nesse toque, sempre acompanhado do Gã
(agogô) para marcar o compasso.
Ijexa Instrumentos :https://www.youtube.com/watch?v=UySm-9JPN4U
Coco,
O coco é um ritmo originalmente criado no estado de Alagoas.
O nome refere-se também à dança ao som deste ritmo.
Coco significa cabeça, de onde vêm as músicas, de letras
simples. Com influência africana e indígena, é uma dança de roda acompanhada de
cantoria e executada em pares, fileiras ou círculos durante festas populares do
litoral e do sertão nordestino.
O som característico do coco vem de quatro instrumentos
(ganzá, surdo, pandeiro e triângulo), mas o que marca mesmo a cadência desse ritmo
é o repicar acelerado dos tamancos. A sandália de madeira é quase como um
quinto instrumento, se duvidar, o mais importante deles. Além disso, a
sonoridade é completada com as palmas.
Coco Caçuêra - Coco de Roda :https://www.youtube.com/watch?v=fmkISMOWKwM
Jongo,
Jongo é uma manifestação cultural de africanos essencialmente
rural diretamente associada à cultura africana no Brasil e que influiu
poderosamente na formação do Samba carioca, em especial, e da cultura popular
brasileira como um todo. Segundo os jongueiros, o Jongo é o "avô" do
Samba.
Jongo para Iemanjá - Griot, tribal, dandalua. :https://www.youtube.com/watch?v=JS0GsWq_YmM
Carimbó,
O Carimbó é considerado um gênero musical de origem
indígena, porém, como diversas outras manifestações culturais brasileiras,
miscigenou-se recebendo outras influências, principalmente negra. Seu nome, em
língua tupi, refere-se ao tambor com o qual se marca o ritmo, o curimbó, feito
de tronco de madeira e pele de animal .
Carimbó: A força do tambor brasileiro : https://www.youtube.com/watch?v=3XMbtSw6Qu4
Maxixe,
O ritmo, segundo hipótese levantada por alguns estudiosos,
foi influenciado pela música trazida por escravos de Moçambique, daí advindo
seu nome, que é o nome de uma cidade moçambicana. Ainda hoje, o padrão rítmico
da Marrabenta (música moçambicana) guarda semelhanças com os padrões rítmicos
do maxixe.
Hoje, o gênero musical chamado maxixe ou tango brasileiro é
considerado um subgênero do choro.
Maxixe, de Chiquinha Gonzaga :https://www.youtube.com/watch?v=KnhP-1BOw2M
Maculelê,
Maculelê é um tipo de dança folclórica brasileira de origem
afro-brasileira e indígena, a música no maculelê é composta por percussão e
canto.
A verdadeira origem do maculelê é desconhecida, existindo
diversas lendas a seu respeito. Estas lendas, naturalmente, vieram da tradição
oral característica às culturas afro-brasileira e indígenada época do Brasil
Colônia e inevitavelmente sofreram alterações ao longo do tempo.
Música e cinema.
Olá, tudo bem ?
Música faz história de hoje, vai voltar no tempo e fazer um breve resumo sobre a relação da sétima arte, o cinema com a música.
A música acompanha o cinema desde o seu nascimento, no final do século XIX, dando sentido, ênfase e realce a ideia original que o diretor queria provocar. Mesmo em filmes mudos a música não ficou de lado, as cenas eram acompanhados de orquestras ou pianistas.
Como por exemplo em cenas de guerra com fundos musicais de Wagner, cujo compositor foi muito admirado na Segunda Guerra Mundial pelos soldados nazistas. Ou em definição de lugares como na Hungria tocar uma melodia do Liszt, Polônia tocar algum trecho de Chopin.
Só nos anos 20 a tecnologia permitiu fazer filmes com áudio, e após isso entre a década de 30 e 40 ouve um grande enriquecimento do cinema dos EUA, por causa dos refugiados da Segunda Guerra, onde muitos europeus escritores, músicos e entre outros profissionais contribuíram para o desenvolvimento dessa arte.
Nos anos 50 o cinema precisava se reinventar por causa da invenção da televisão que fez com que perdesse um pouco de seu público, e as principais idéias foram na melhora das trilhas sonoras, dando a muitos filmes a partir dai trilhas sonoras originais e específicas através de contrato de diretores com grandes compositores do período, como em Psicose de Alfred Hitchock, com o compositor Bernard Hermann. Porém a utilização de arranjos pré existentes de Mahler, Tchaikovsky, Strauss ainda foram muito utilizados em fundo de muitas cenas.
Djalma de Campos 20/11/2013
Música faz história de hoje, vai voltar no tempo e fazer um breve resumo sobre a relação da sétima arte, o cinema com a música.
A música acompanha o cinema desde o seu nascimento, no final do século XIX, dando sentido, ênfase e realce a ideia original que o diretor queria provocar. Mesmo em filmes mudos a música não ficou de lado, as cenas eram acompanhados de orquestras ou pianistas.
Como por exemplo em cenas de guerra com fundos musicais de Wagner, cujo compositor foi muito admirado na Segunda Guerra Mundial pelos soldados nazistas. Ou em definição de lugares como na Hungria tocar uma melodia do Liszt, Polônia tocar algum trecho de Chopin.
Só nos anos 20 a tecnologia permitiu fazer filmes com áudio, e após isso entre a década de 30 e 40 ouve um grande enriquecimento do cinema dos EUA, por causa dos refugiados da Segunda Guerra, onde muitos europeus escritores, músicos e entre outros profissionais contribuíram para o desenvolvimento dessa arte.
Nos anos 50 o cinema precisava se reinventar por causa da invenção da televisão que fez com que perdesse um pouco de seu público, e as principais idéias foram na melhora das trilhas sonoras, dando a muitos filmes a partir dai trilhas sonoras originais e específicas através de contrato de diretores com grandes compositores do período, como em Psicose de Alfred Hitchock, com o compositor Bernard Hermann. Porém a utilização de arranjos pré existentes de Mahler, Tchaikovsky, Strauss ainda foram muito utilizados em fundo de muitas cenas.
Bernard Herrmann - Psycho (theme) :https://www.youtube.com/watch?v=qMTrVgpDwPk
Disney's
Fantasia (1940) English HQ with subtitles FULL FILM :https://www.youtube.com/watch?v=bkBotKGCoxU
Djalma de Campos 20/11/2013
Pedro Cameron faz história.
Olá, tudo bem ?
O música faz história de hoje, vamos falar um pouco mais sobre
o maestro, compositor e violonista brasileiro Pedro Cameron, ele o qual sou aluno de teoria musical, porém já estudei violão clássico.
Nascido em Buri – SP. Em 1948, deve a sua formação
violonística aos Professores Aroldo Volpi e Oscar Magalhães Guerra, este último
foi discípulo de Atílio Bernardini.
Estudou harmonia e fraseologia musical com os mestres
Ornécio Pazinatto e Cláudio Stephan, técnicas de composição musical com Maurice
Le Roux (França) e Leon Biriotti(Uruguai)
Como violonista apresentou-se em recitais e concertos com
orquestra em várias cidades brasileiras, especialmente nas décadas de 70, 80 e
início dos anos 90.
Fundou e dirigiu as Orquestras Sinfônicas de Tatuí, Sorocaba
e Rio Claro, com as quais estreou grande parte de sua obra orquestral e de
concerto solista. Atualmente reside em na cidade de Rio Claro.
Dentre suas obras destacam-se:
Repentes para Violão – 1º Premio do concurso Funarte –
Vitale
Perspectivas – Premiada em Frankfurt – Alemanha
Trilogia – Premiada em Porto Alegre - RS.
Como professor vem formando, ao longo da sua vida
profissional, inúmeros alunos em atividade musical no Brasil e no Exterior.
Em entrevista o violonista Welton Nadai o fez perguntas
sobre a carreira do maestro e seus pensamentos.
Neste depoimento Pedro Cameron fala sobre o início das
orquestras de Tatuí-SP, Sorocaba-SP ( Orquestra de Violão e Orquestra
Sinfônica) e Rio Claro-SP. É um relato muito rico e marcante, e definitivamente
retrata um momento na educação musical do estado de São Paulo, bem como também
mostra como foi determinante a influência do mesmo na construção destas
orquestras que se iniciaram com trabalho um coletivo e estão ativas até o
presente momento.
Entrevista parte 1 : http://www.weltonnadai.com/entrevistacameron/Parte%2001.mp3
Entrevista parte 2 :http://www.weltonnadai.com/entrevistacameron/Parte%2002.mp3
Entrevista parte 3 :http://www.weltonnadai.com/entrevistacameron/Parte%2003.mp3
Pedro Cameron ao violão.
Pedro Cameron no Violões Artes Trio, cujo é um dos integrantes junto com Welton Nadai e Lucas Penteado:
Violões Artes Trio - La Donna é Mobile (Rigoleto) G. VERDI
Violões Artes Trio - Estúdio Cantareira 2012
Djalma de Campos, 20/11/2013.
Ernesto Nazareth faz história.
Olá, tudo bem ?
O música faz história de hoje irá voltar 150 anos no tempo
para relembrar um dos maiores compositores brasileiros, Ernesto Nazareth.
Ernesto Júlio de Nazareth nascido no Rio de Janeiro em 20 de
março de 1863, teve apresentado o piano logo quando muito jovem pela sua mãe
que ministrou aulas e noções sobre o instrumento. Aos 14 anos compôs sua
primeira música, a polca-lundu "Você bem sabe", editada, no ano
seguinte, pela famosa Casa Arthur Napoleão. Sendo que em 1880 fez sua primeira
apresentação pública, aos 17 anos de idade no Club Mozart, mas apenas em 1893
alcançou sucesso nacional e internacional com o tango ' Brejeiro' sendo
publicado em Paris e no EUA.
Intérprete constante de suas próprias composições, Nazareth
apresentava-se como pianista em salas de cinema, bailes, reuniões e cerimônias
sociais. De 1909 a 1913, e de 1917 a 1918, trabalhou na sala de espera do
antigo Cinema Odeon (anterior ao prédio moderno da Cinelândia), onde muitas
celebridades iam até lá apenas para ficar admirando toda a beleza musical que
ele executava, sendo que foi em homenagem a sala de exibição que batizou sua
composição mais famosa o tango ' Odeon '.
Em 1926, Nazareth embarcou para uma turnê no estado de São
Paulo, que foi planejada inicialmente para durar 3 meses, mas acabou se
prolongando por 11 meses, com concertos na Capital, Campinas, Sorocaba e Tatuí.
Tinha então 63 anos, e foi a primeira vez que saiu do estado do Rio de Janeiro.
Foi homenageado pela Cultura Artística de São Paulo e tocou no Conservatório
Dramático e Musical de Campinas. Apresentou-se no Teatro Municipal de São
Paulo, sendo precedido por uma conferência do escritor e musicólogo Mário de
Andrade, sobre sua obra, na qual afirmou: "Por todos esses caracteres e
excelências, a riqueza rítmica, a falta de vocalidade, a celularidade, o
pianístico muito feita de execução difícil, a obra de Ernesto Nazaré se
distancia da produção geral congênere. É mais artística do que a gente imagina
pelo destino que teve, e deveria estar no repertório dos nossos recitalistas.
Posso lhes garantir que não estou fazendo nenhuma afirmativa sentimental não. É
a convicção desassombrada de quem desde muito observa a obra dele. Se alguma vez
a prolixidade encomprida certos tangos, muitas das composições deste mestre de
dança brasileira são criações magistrais, em que a força conceptica, a boniteza
da invenção melódica, a qualidade expressiva, estão dignificadas por uma
perfeição de forma e equilíbrio surpreendentes". Em 1927, Nazareth
retornou ao Rio de Janeiro.
Em 1930, concluiu sua
última composição, a valsa "Resignação". No mesmo ano, gravou ao
piano a polca "Apanhei-te, cavaquinho" e os tangos brasileiros
"Escovado", "Turuna" e "Nenê" de sua autoria. Em
1932, apresentou um recital só com músicas de sua autoria em um concerto
precedido por uma conferência de Gastão Penalva. Neste mesmo ano realizou uma
turnê pelo sul do país. Ainda em 1932 seus problemas de audição se agravaram,
problemas os quais decorriam de um trauma sofrido na infância quando caiu de
uma árvore e bateu a cabeça o trazendo com o tempo um grande transtorno pela
falta de audição que só aumentava. Tocando com os ouvidos grudados no teclado
do piano ele ficava nervoso por não conseguir ouvir direito o que estava
executando, junto disso começaram a acompanhar crises de choro. Com o tempo
descobriram que as alterações de humor e choros constantes eram porque estava
agravado pela sífilis que atingiu seu sistema nervoso, sendo internado em um
hospício onde terminou seus dias, deixando 211 peças completas para piano.
Ernesto não pode ser considerado um compositor totalmente
erudito mas também nem um compositor totalmente popular, ele conseguia utilizar
os melhores recursos dos dois modos de composição sendo que em qualquer campo
de análise ele é magistral. Suas composições que requerem um bom nível técnico
para execução, contemplam como progressivas do choro e do tango
brasileiro, sendo o compositor mais
executado dentro e fora do país depois de Heitor Villa Lobos, Villa o qual
dedicou a sua música ' Choro nº 1' para Ernesto. Ele foi muito importante na
maneira que fixou o nacionalismo a
partir daí deixando claro a necessidade de relacionar um título para música
nacional, aproveitando folclores e ritmos brasileiros.
No século XIX os nomes mais comentados eram Chiquinha
Gonzaga e Ernesto Nazareth, realmente dois músicos excelentes, mas a distinção
dele para Chiquinha se dava na sua erudição cujo criou a possibilidades de mais
incrementações musicais.
Infelizmente ele e muitos outros compositores brasileiros esquecidos em seu próprio país.
Ernesto Nazareth - Odeon Infelizmente ele e muitos outros compositores brasileiros esquecidos em seu próprio país.
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