O música faz história de hoje vai abordar a história dos castrati, ou no singular castrato, que eram cantores do gênero masculino porém que correspondiam a sua tessitura vocal a uma voz feminina, indo de soprano a contralto, essa técnica era empregada em garotos antes de entrarem em suas puberdades, os castrando e impossibilitando assim os seus desenvolvimento e maturidade sexual, não acontecendo a mudança de voz conforme eles fossem ficando mais velhos, conservando apenas uma voz aguda por falta do desenvolvimento da laringe.
Essa forma de canto nasceu por meados do século 400 d.C., no início do Império Bizantino, sendo desenvolvido até o século IX, onde houve o saque de Constantinopla, cujo por um tempo essa técnica ficou um pouco esquecida.

No universo da ópera foi muito famoso nos séculos XVII e XVIII, designando assim papéis de heróis das óperas barrocas aos castrati, onde tinham uma parte muito complexa para executar, sendo que poucos tinham a voz desenvolvida tecnicamente o bastante para exercer esse papel.
Com o desenvolvimento dos movimentos naturalistas da metade do século XVIII, onde eram por vezes contra o romantismo, mitos, voltados assim mais para razão, caiu em desuso o uso dos castrati, que por fim em 1870 a prática foi proibida, perpetuando poucos sobreviventes dessa época, o último castrati é da década de 20 do século passado, Alessandro Moreschi.
Alessandro Moreschi, sings Ave Maria : http://www.youtube.com/watch?v=KLjvfqnD0ws
*Foto de Alessandro Moreschi, o último castrato.
Djalma de Campos, 19/12/2013.
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